São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2010

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Maria Bethânia e veteranos brilham em "festa da firma"

Baiana venceu como cantora e disco de MPB; Tantinho levou em samba

Nova patrocinadora distribuiu 700 convites para funcionários; Daniela Mercury deu duas gafes no evento


LUIZ FERNANDO VIANNA
DO RIO

O Prêmio da Música Brasileira pagou um preço por deixar para trás a penúria de 2009, quando foi realizado sem patrocínio.
A Vale distribuiu 700 convites para empregados -que vibravam cada vez que a logomarca da empresa surgia no telão- e criou um prêmio só para seus funcionários aspirantes a cantor, dando um clima de "festa da firma" ao Teatro Municipal do Rio, na noite de quarta-feira.
O paraense Clayton Nilo da Silva, que gravou seu clipe usando crachá, subiu ao palco para receber o troféu.
Outros desconhecidos da maioria do público também subiram, mas por outros méritos. O mangueirense Tantinho, 63, ganhou nas categorias cantor e disco de samba, pela homenagem a seu mestre Padeirinho (1927-1987) -que Daniela Mercury, ao anunciar os vencedores, chamou de "Pandeirinho".
"É muito bom receber esse reconhecimento enquanto estou aqui. Depois de morto, não adianta", festejou.
Embora respeitado no chamado segmento regional, Juraildes da Cruz, nascido há 55 anos no hoje Estado do Tocantins, surpreendeu ao ser eleito melhor cantor na categoria voto popular -a escolha é feita pela internet.
Já o saxofonista e maestro Letieres Leite, 50, levou duas vezes ao palco os 19 músicos de sua Orkestra Rumpilezz: revelação e também grupo instrumental.
O conjunto de sopros e percussão foi formado há quatro anos em Salvador e costuma executar ao ar livre, no Pelourinho, as composições de Letieres.
"Nossos planos agora são fazer um DVD documentário e tocar no exterior", disse.
A conterrânea Maria Bethânia, como de hábito, saiu do teatro com troféus: melhor cantora e melhor disco de MPB ("Encanteria"). "Feita na Bahia", música de Roque Ferreira que ela gravou, foi a canção do ano.

FANTASIA
Seu irmão Caetano Veloso ganhou o prêmio de cantor pop por "Zii e Zie". Ele ainda foi um dos escalados para celebrar cantando a homenageada da noite, Dona Ivone Lara, 89, aplaudida de pé nas duas vezes em que surgiu sentada em cena.
O melhor momento foi o parceiro Delcio Carvalho e o grupo Casuarina cantando "Alvorecer" sem o peso sonoro e a lentidão dos outros arranjos, de Rildo Hora.
No quesito fantasia, Débora Bloch brilhou com seus dois trajes de apresentadora, e Alcione brilhou muito mais com seu longo rosa, que parecia dedicado ao guaraná Jesus, de seu Maranhão natal. Ele sobreviveu a um pisão do salto plataforma de, sempre ela, Daniela Mercury.


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