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CINEMA
Fontes entra com recurso no MinC
CRISTIAN KLEIN
DA SUCURSAL DO RIO
O produtor Guilherme Fontes
apresentou um recurso na quarta-feira passada no MinC (Ministério da Cultura), questionando
os pedidos de devolução de R$
332.462,71 e de justificação de gastos de R$ 2.271.534,43. De acordo
com o MinC, esses recursos, provenientes das leis de renúncia fiscal, teriam sido utilizados de maneira irregular na produção do filme "Chatô, o Rei do Brasil".
Segundo o secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés, o recurso está sendo examinado por
várias áreas do ministério. "Assim que tivermos uma decisão,
ela será levada à imprensa", disse.
Fontes fez a prestação de contas
de "Chatô" em maio. Após a análise, a Secretaria do Audiovisual
apontou as irregularidades, dando um prazo de 15 dias úteis, vencido na última sexta, para a devolução e a justificação das verbas.
Nesse relatório, a Secretaria do
Audiovisual aponta também a
transferência irregular de R$
926.100 da conta de "Chatô" para
outro projeto de Fontes, a série
"500 Anos de História do Brasil".
A secretaria exige que o valor seja
devolvido à conta original. Com o
recurso, Fontes tenta rebater as
evidências de irregularidades em
seu filme, que teve as filmagens
paralisadas em maio de 99.
Parte das irregularidades foram
apontadas por uma auditoria externa, encomendada pelo MinC à
Fundação Universidade de Brasília. Apesar de ter exigido que Fontes devolvesse R$ 332.462,71 aos
cofres públicos, Moisés afirma
que "há uma inflação do debate
público".
"Ele tem o direito de defesa. Todo mundo raciocina sobre hipóteses", disse.
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