São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2000

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CINEMA
Fontes entra com recurso no MinC

CRISTIAN KLEIN
DA SUCURSAL DO RIO

O produtor Guilherme Fontes apresentou um recurso na quarta-feira passada no MinC (Ministério da Cultura), questionando os pedidos de devolução de R$ 332.462,71 e de justificação de gastos de R$ 2.271.534,43. De acordo com o MinC, esses recursos, provenientes das leis de renúncia fiscal, teriam sido utilizados de maneira irregular na produção do filme "Chatô, o Rei do Brasil".
Segundo o secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés, o recurso está sendo examinado por várias áreas do ministério. "Assim que tivermos uma decisão, ela será levada à imprensa", disse.
Fontes fez a prestação de contas de "Chatô" em maio. Após a análise, a Secretaria do Audiovisual apontou as irregularidades, dando um prazo de 15 dias úteis, vencido na última sexta, para a devolução e a justificação das verbas.
Nesse relatório, a Secretaria do Audiovisual aponta também a transferência irregular de R$ 926.100 da conta de "Chatô" para outro projeto de Fontes, a série "500 Anos de História do Brasil". A secretaria exige que o valor seja devolvido à conta original. Com o recurso, Fontes tenta rebater as evidências de irregularidades em seu filme, que teve as filmagens paralisadas em maio de 99.
Parte das irregularidades foram apontadas por uma auditoria externa, encomendada pelo MinC à Fundação Universidade de Brasília. Apesar de ter exigido que Fontes devolvesse R$ 332.462,71 aos cofres públicos, Moisés afirma que "há uma inflação do debate público".
"Ele tem o direito de defesa. Todo mundo raciocina sobre hipóteses", disse.


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