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São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2003

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TV ABERTA

River Phoenix aposta no amor antes da guerra

Entre Eu e Eu Mesma
Globo, 23h.

(Me Myself I). Austrália, 99, 104 min. Direção: Pip Karmel. Com Rachel Griffiths, David Roberts. Após tentar o suicídio, jornalista bem-sucedida, solteira, depressiva, topa com seu duplo, casada e com um monte de filhos. Qual seria a melhor vida? Comédia romântica inédita.

Até Sexta-Feira que Vem
SBT, 23h45.

(Next Friday). EUA, 2000, 93 min. Direção: Steve Carr. Com Ice Cube, Mike Epps. Ice Cube, herói de um anterior "Friday", é forçado a mudar-se -pois está sendo perseguido por desafetos- para a casa de um tio rico, maníaco sexual, drogado etc. que vive cercado de maníacos sexuais drogados etc. Comédia.

Emmanuelle - O Sentido do Amor
Bandeirantes, 1h30.

(Emmanuelle: Meaning of Love). EUA, 94, 93 min. Direção: Brody Hooper. Com Krista Allen, Paul Michael Robinson, Debra K. Beatty. Emmanuelle recorda suas aventuras com os extraterrestres que vieram até nós para descobrir os mistérios do amor. Inútil dizer: essa série Emmanuelle anos 90 vive no espaço sideral, mas rasteja.

O Poder da Notícia
SBT, 1h45.

(Winchell). EUA, 98, 105 min. Direção: Paul Mazursky. Com Stanley Tucci, Glenne Headly, Christopher Plummer. Biografia do colunista Walter Winchell, que revolucionou a imprensa popular dos EUA, com uma maneira agressiva de tratar os bastidores da vida política e artística, o que lhe deu o poder de que fala o título. Feito para TV.

O Guardião da Montanha
Globo, 2h55.

(Barnabo della Montagna). Itália, 94, 124 min. Direção: Mario Brenta. Com Marco Pauletti, Duilio Fontana. Guarda florestal fica arrasado depois que seu mentor, o velho Del Colle, é morto por contrabandistas. Arrasado, porém disposto a vingar-se. Filme baseado em Dino Buzzatti. Vale uma espiada, ao menos.

Apostando no Amor
SBT, 3h45.

(Dogfight). EUA, 91, 89 min. Direção: Nancy Savoca. Com River Phoenix, Lily Taylor. Por conta de uma aposta, River Phoenix seduz garota feia à beça para levar a uma festa. Problema: ele descobre, a horas tantas, que está realmente apaixonado por ela. De resto, isso acontece na véspera de embarcar, com grupo de amigos, para a guerra.

Meu Namorado É de Morte
SBT, 5h25.

(My Boyfriend's Back). EUA, 93, 86 min. Direção: Bob Balaban. Com Andrew Lowery, Traci Lind. Rapaz batalha muito até conseguir encontro com uma garota. Quando consegue, morre num acidente. Depois que morre, volta do além para o encontro. Comédia macabra. Só para São Paulo. (IA)

TV PAGA

A língua do cinema não pertence a nenhum país

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A língua do cinema é o cinemês, costuma dizer Walter Lima Jr.. Maneira de romper as fronteiras nacionais, com a idéia do filme nacional como um particularismo.
Ora, isso não é a confundir com a internacionalização ligeira, com esses filmes que parecem vir de lugar nenhum, ou de um território que se poderia chamar tecnolândia. Walter Lima é o cinema de "Menino de Engenho", de "Inocência", "Ele, o Boto" e, mais recentemente, "A Ostra e o Vento". Não há como duvidar de sua brasilidade.
Seu argumento não é geográfico, embora a geografia tenha uma parte considerável nisso. Mas de ver no cinema essa arte com a qual as pessoas de qualquer parte do planeta podem se entender, pois ninguém precisa falar russo para saber aonde queria Eisenstein chegar, ou japonês para entender Griffith etc.
Assim, ainda que "A Ostra e o Vento" se passe em uma ilha que poderia estar, a rigor, em qualquer lugar do mundo, a natureza ali representada tem a luz do Brasil. Assim também, os ciúmes que sente o pai de sua filha, ainda que patológicos, não seriam significativos de uma maneira patriarcal de conceber família e relações familiares?
A vantagem de certos cineastas é que não precisam provar que são brasileiros. Eles são. E também não precisam de um "assunto universal" para pertencer ao mundo. O cinemês lhes basta.
É nessa categoria, também, que se encontra Antonio Calmon, talento que infelizmente o cinema perdeu para a TV, de quem passa, no Canal Brasil, "O Bom Marido" (amanhã, 23h) e "Terror e Êxtase" (seg., à 0h45), e que talvez hoje possam ser revistos como belos documentos do fim dos anos 1970, em parte porque neles o cinema triunfa sobre os ideários da época.


A OSTRA E O VENTO. Quando: hoje, às 23h, no Canal Brasil.


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