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TV ABERTA
River Phoenix aposta no amor antes da guerra
Entre Eu e Eu Mesma
Globo, 23h.
(Me Myself I). Austrália, 99, 104 min.
Direção: Pip Karmel. Com Rachel
Griffiths, David Roberts. Após tentar o
suicídio, jornalista bem-sucedida,
solteira, depressiva, topa com seu duplo,
casada e com um monte de filhos. Qual
seria a melhor vida? Comédia romântica
inédita.
Até Sexta-Feira que Vem
SBT, 23h45.
(Next Friday). EUA, 2000, 93 min.
Direção: Steve Carr. Com Ice Cube, Mike
Epps. Ice Cube, herói de um anterior
"Friday", é forçado a mudar-se -pois
está sendo perseguido por desafetos-
para a casa de um tio rico, maníaco
sexual, drogado etc. que vive cercado de
maníacos sexuais drogados etc.
Comédia.
Emmanuelle - O Sentido do
Amor
Bandeirantes, 1h30.
(Emmanuelle: Meaning of Love). EUA,
94, 93 min. Direção: Brody Hooper. Com
Krista Allen, Paul Michael Robinson,
Debra K. Beatty. Emmanuelle recorda
suas aventuras com os extraterrestres
que vieram até nós para descobrir os
mistérios do amor. Inútil dizer: essa série
Emmanuelle anos 90 vive no espaço
sideral, mas rasteja.
O Poder da Notícia
SBT, 1h45.
(Winchell). EUA, 98, 105 min. Direção:
Paul Mazursky. Com Stanley Tucci,
Glenne Headly, Christopher Plummer.
Biografia do colunista Walter Winchell,
que revolucionou a imprensa popular
dos EUA, com uma maneira agressiva de
tratar os bastidores da vida política e
artística, o que lhe deu o poder de que
fala o título. Feito para TV.
O Guardião da Montanha
Globo, 2h55.
(Barnabo della Montagna). Itália, 94, 124
min. Direção: Mario Brenta. Com Marco
Pauletti, Duilio Fontana. Guarda florestal
fica arrasado depois que seu mentor, o
velho Del Colle, é morto por
contrabandistas. Arrasado, porém
disposto a vingar-se. Filme baseado em
Dino Buzzatti. Vale uma espiada, ao
menos.
Apostando no Amor
SBT, 3h45.
(Dogfight). EUA, 91, 89 min. Direção:
Nancy Savoca. Com River Phoenix, Lily
Taylor. Por conta de uma aposta, River
Phoenix seduz garota feia à beça para
levar a uma festa. Problema: ele
descobre, a horas tantas, que está
realmente apaixonado por ela. De resto,
isso acontece na véspera de embarcar,
com grupo de amigos, para a guerra.
Meu Namorado É de Morte
SBT, 5h25.
(My Boyfriend's Back). EUA, 93, 86 min.
Direção: Bob Balaban. Com Andrew
Lowery, Traci Lind. Rapaz batalha muito
até conseguir encontro com uma garota.
Quando consegue, morre num acidente.
Depois que morre, volta do além para o
encontro. Comédia macabra. Só para São
Paulo.
(IA)
TV PAGA
A língua do cinema não pertence a nenhum país
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A língua do cinema é o cinemês, costuma dizer Walter
Lima Jr.. Maneira de romper as
fronteiras nacionais, com a idéia
do filme nacional como um particularismo.
Ora, isso não é a confundir com
a internacionalização ligeira, com
esses filmes que parecem vir de
lugar nenhum, ou de um território que se poderia chamar tecnolândia. Walter Lima é o cinema de
"Menino de Engenho", de "Inocência", "Ele, o Boto" e, mais recentemente, "A Ostra e o Vento".
Não há como duvidar de sua brasilidade.
Seu argumento não é geográfico, embora a geografia tenha uma
parte considerável nisso. Mas de
ver no cinema essa arte com a
qual as pessoas de qualquer parte
do planeta podem se entender,
pois ninguém precisa falar russo
para saber aonde queria Eisenstein chegar, ou japonês para entender Griffith etc.
Assim, ainda que "A Ostra e o
Vento" se passe em uma ilha que
poderia estar, a rigor, em qualquer lugar do mundo, a natureza
ali representada tem a luz do Brasil. Assim também, os ciúmes que
sente o pai de sua filha, ainda que
patológicos, não seriam significativos de uma maneira patriarcal
de conceber família e relações familiares?
A vantagem de certos cineastas
é que não precisam provar que
são brasileiros. Eles são. E também não precisam de um "assunto universal" para pertencer ao
mundo. O cinemês lhes basta.
É nessa categoria, também, que
se encontra Antonio Calmon, talento que infelizmente o cinema
perdeu para a TV, de quem passa,
no Canal Brasil, "O Bom Marido"
(amanhã, 23h) e "Terror e Êxtase"
(seg., à 0h45), e que talvez hoje
possam ser revistos como belos
documentos do fim dos anos
1970, em parte porque neles o cinema triunfa sobre os ideários da
época.
A OSTRA E O VENTO. Quando: hoje, às
23h, no Canal Brasil.
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