DA REPORTAGEM LOCAL

Uma espécie de "Mercosul musical" vai se reunir a partir de hoje, no Sesc Pompéia, em São Paulo, para mostrar que já existe um produto de exportação norte-americano que se espalhou de norte a sul sem Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e sem contestações: o blues.
Músicos de Chile, Uruguai e Brasil vêm mostrar no Festival Blues Latino como o ritmo foi recebido e assimilado aqui embaixo, gerando fusões com sons locais e unindo culturas diversas.
O projeto começa hoje com a dupla brasileira Sérgio Duarte (gaita) e Ricardo Vignini (violão), que junta moda de viola caipira e blues, com um resultado que revela insuspeitas semelhanças entre a roça brasileira e a norte-americana. Além da dupla, os chilenos do El Cruce também tocam hoje mostrando sua mistura de percussão latina com um blues bastante puxado para o rock n" roll.
Outro representante brasileiro é o baiano Dinho Nascimento, que colocou o berimbau no blues, homenageando a herança africana que Brasil e Estados Unidos compartilham. Também do Nordeste é a banda The Bluz, de Caruaru (PE), que usa um sanfoneiro em sua formação clássica de baixo, guitarra e bateria, fazendo uma junção divertida do forró com o ritmo norte-americano.
Fechando o festival está La Banda de la Luna Azul (Uruguai), que tira rock da junção entre a batucada do candombe uruguaio e as guitarras do blues americano.


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