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"Billboard" chega às bancas amanhã
Versão brasileira da revista centenária terá rankings de vendas e de músicas mais tocadas em dez cidades
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Beyoncé, seguida por The
Pussycat Dolls e Black Eyed
Peas. As três músicas mais tocadas no mês passado nas rádios de São Paulo foram de artistas internacionais.
A informação estará no primeiro número da versão brasileira da "Billboard", que pousa
nas bancas do país amanhã.
A "Billboard" foi criada em
Cincinnati em 1894 e suas páginas traziam reportagens sobre
assuntos diversos. A partir dos
anos 1930, passou a dedicar-se
à indústria da música, e até hoje
é a principal referência no mercado.
Um dos destaques da revista
são os rankings de discos mais
vendidos e músicas mais tocadas. A edição brasileira também terá esses números -compilará, a partir de pesquisa da
Crowley, rankings das mais tocadas nas rádios de dez cidades
(leia exemplo abaixo).
"No Sul e no Sudeste, toca-se
bastante Beyoncé. Já em Salvador, as quatro mais tocadas são
músicas baianas", afirma Antonio Camarotti, 37, publisher da
revista. "A partir da terceira
edição, teremos lista dos DVDs
mais comercializados no país."
No Brasil, a tiragem da "Billboard" terá distribuição nacional e tiragem de 40 mil exemplares -cada um a R$ 8,90.
A periodicidade será mensal
(nos EUA, é semanal). Foi criada uma editora, a BPP, especialmente para abrigar a "Billboard" no Brasil. A redação é
formada por nove pessoas, baseadas em São Paulo, além de
uma rede de colaboradores.
"A Billboard é um parâmetro
de quem é quem no mundo da
música", diz Camarotti. "Nosso
contrato de licenciamento nos
permite usar o quanto quisermos de material da matriz. Mas
não é nosso interesse. Na primeira edição, temos 60% de
conteúdo doméstico."
A capa desse número inicial
traz Roberto Carlos, em uma
reportagem a respeito da turnê
de 50 anos da carreira do cantor. "Entre as histórias, há uma
em que Roberto não queria tocar no Maracanã porque achava que não teria tanto público."
Camarotti avalia que há espaço, no mercado brasileiro de
publicações musicais, para
uma revista como a "Billboard". "Existe uma lacuna para uma revista com a seriedade
musical da "Billboard". Não
existia uma publicação como
essa no Brasil. Vamos falar de
todos os gêneros musicais,
rock, axé, forró, sertanejo, de
tudo o que for pertinente."
Além de EUA e, agora, Brasil,
a "Billboard" possui edições na
Rússia e na Turquia. As negociações para trazer a revista ao
Brasil "foram iniciadas há um
ano e atrapalhadas pela crise
econômica", conta Camarotti.
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