São Paulo, quarta-feira, 13 de outubro de 2010

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Suspeitos de piratear "Tropa 2" são detidos

Cinemas reforçam vigilância em sessões do longa; estimativa aponta público de 2,7 milhões até sexta-feira

Espectador que tentou entrar na sala com câmera escondida na mochila foi levado para delegacia em Santos

ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO

Os produtores de "Tropa de Elite 2" têm notícias de que, entre sexta e segunda-feira passadas, pelo menos cinco pessoas foram detidas, em São Paulo e no Rio, sob suspeita de tentar filmar as sessões do blockbuster.
Em Santos, litoral paulista, foi o próprio dono do cinema quem chamou a polícia, após vistoriar a mochila de um frequentador e encontrar uma pequena câmera.
Uma pesquisa feita pelo Ibope atestou que, em 2007, "Tropa de Elite" havia sido visto por 11 milhões de pessoas, em versão pirata, antes da estreia. Mas, hoje, os próprios produtores admitem que os piratas foram, também, eficazes marqueteiros.
"Sabemos que aquilo divulgou o filme de uma maneira absurda", diz o produtor Marcos Prado.
"Mas, desta vez, o risco passou. A gente estreou num circuito enorme para isso: pegar o público nas primeiras semanas. Hoje ou amanhã vai ter um pirata vagabundo na rede. Mas isso não vai interferir na bilheteria."
Prado parece dar de ombros à pirataria -que, segundo ele, só será possível com versões de baixa qualidade - com a segurança de quem está batendo recorde atrás de recorde.
Para o sócio do circuito Arteplex, Adhemar Oliveira, a obsessão dos produtores de "Tropa de Elite 2" para evitar a pirataria acabou até por fazer bem ao filme. "A campanha contra a pirataria foi feita de um jeito que estimulou o público a ir ao cinema", diz Oliveira, com os números a amparar sua tese.

TITANIC
Visto por 1,2 milhão de espectadores no final de semana de estreia, o filme levou mais 480 mil pessoas aos cinemas anteontem. Calculadora a postos, Marco Aurélio Marcondes, responsável pelo lançamento, estima que, até o final da semana, "Tropa de Elite 2" alcance 2,7 milhões de ingressos vendidos.
Ontem, de acordo com Marcondes, mais uma medalha foi parar na farda do agora coronel Nascimento: a de maior renda nos quatro primeiros dias na história do cinema brasileiro, superando "Titanic" (1997).
Não que Wagner Moura tenha batido Leonardo DiCaprio em poder de atração. É que, à época de "Titanic", o ingresso era mais barato.


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