|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Suspeitos de piratear "Tropa 2" são detidos
Cinemas reforçam vigilância em sessões do longa; estimativa aponta público de 2,7 milhões até sexta-feira
Espectador que tentou entrar na sala com câmera escondida na mochila foi levado para delegacia em Santos
ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO
Os produtores de "Tropa
de Elite 2" têm notícias de
que, entre sexta e segunda-feira passadas, pelo menos
cinco pessoas foram detidas,
em São Paulo e no Rio, sob
suspeita de tentar filmar as
sessões do blockbuster.
Em Santos, litoral paulista, foi o próprio dono do cinema quem chamou a polícia,
após vistoriar a mochila de
um frequentador e encontrar
uma pequena câmera.
Uma pesquisa feita pelo
Ibope atestou que, em 2007,
"Tropa de Elite" havia sido
visto por 11 milhões de pessoas, em versão pirata, antes
da estreia. Mas, hoje, os próprios produtores admitem
que os piratas foram, também, eficazes marqueteiros.
"Sabemos que aquilo divulgou o filme de uma maneira absurda", diz o produtor Marcos Prado.
"Mas, desta vez, o risco
passou. A gente estreou num
circuito enorme para isso:
pegar o público nas primeiras semanas. Hoje ou amanhã vai ter um pirata vagabundo na rede. Mas isso não
vai interferir na bilheteria."
Prado parece dar de ombros à pirataria -que, segundo ele, só será possível com
versões de baixa qualidade
- com a segurança de quem
está batendo recorde atrás de
recorde.
Para o sócio do circuito Arteplex, Adhemar Oliveira, a
obsessão dos produtores de
"Tropa de Elite 2" para evitar
a pirataria acabou até por fazer bem ao filme. "A campanha contra a pirataria foi feita de um jeito que estimulou
o público a ir ao cinema", diz
Oliveira, com os números a
amparar sua tese.
TITANIC
Visto por 1,2 milhão de espectadores no final de semana de estreia, o filme levou
mais 480 mil pessoas aos cinemas anteontem. Calculadora a postos, Marco Aurélio
Marcondes, responsável pelo
lançamento, estima que, até
o final da semana, "Tropa de
Elite 2" alcance 2,7 milhões
de ingressos vendidos.
Ontem, de acordo com
Marcondes, mais uma medalha foi parar na farda do agora coronel Nascimento: a de
maior renda nos quatro primeiros dias na história do cinema brasileiro, superando
"Titanic" (1997).
Não que Wagner Moura tenha batido Leonardo DiCaprio em poder de atração. É
que, à época de "Titanic", o
ingresso era mais barato.
Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Folha promove debate hoje com José Padilha e Wagner Moura Índice | Comunicar Erros
|