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Instituto reconstitui método antigo e "quebra" ovos para fixar as imagens
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para a itinerância da mostra
"O Brasil de Marc Ferrez", os
técnicos do Instituto Moreira
Salles, detentor do acervo do
fotógrafo, precisaram resolver
a problemática questão do binômio entre exibir e preservar
um patrimônio raro e antigo.
Resolveu-se não expor os originais, que devem ficar permanentemente conservados em
baixas temperaturas e exposto
o mínimo possível à luz.
No entanto, ao mesmo tempo, a mostra deveria trazer à tona as imagens tais quais elas foram feitas por Marc Ferrez, para preservar as mesmas qualidades pictóricas da época. Simplesmente fazer novas cópias a
partir de scanner desfiguraria
completamente as imagens em
relação aos originais.
Foi então que a sede do instituto se transformou num verdadeiro laboratório do século
19, reproduzindo toda a técnica
de cópia fotográfica tal qual
Ferrez utilizava.
Para a fixação e melhor definição da imagem, Ferrez e os
fotógrafos do período utilizavam a albumina extraída da claro do ovo, que com o tempo dava à cópia um tom meio amarelado. Para as cópias da exposição, os técnicos do IMS necessitaram quebrar centenas de
ovos. As gemas, não utilizadas
no processo, foram enviadas
para uma cozinheira, que as devolvia para a equipe em forma
de muitos quindins.
(EC)
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