São Paulo, sexta-feira, 13 de novembro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Risco de fracasso não tira a classe de Resnais

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Para uma pauta, alguém me perguntou: por que "Medos Privados em Lugares Públicos" está em cartaz há mais de 30 meses em São Paulo? "Desculpe, não tenho explicação", respondi tempos atrás.
Agora que passa na TV "A Vida É um Romance" (Futura, 23h; livre), o filme de Alain Resnais de 1984, pode-se arriscar: talvez seja assim com cineastas que têm classe e correm todos os riscos. Seus filmes podem passar em branco.
"A Vida É um Romance", por exemplo, nem chegou aos cinemas do Brasil, talvez devido ao barroquismo e ao fato de narrar três histórias difíceis de resumir, mas que dizem respeito, no geral, ao prazer, ao tempo, ao próprio cinema.
Fanny Ardant está lá. Como está em "Crimes de Autor" (TC Cult, 23h40; 14 anos), intrincada trama envolvendo uma escritora de best-sellers e seu "ghost writer". Intrincada, mas não exata, pois cheia de acontecimentos criados para que se chegasse a um certo final. Porque Claude Lelouch não tem a classe que Alain Resnais tem.


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