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Crítica
Ambiguidades reinam em animações
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ainda que o valor à família, a
crença no conserto pleno das
coisas, a coragem, a perseverança, a defesa da "causa justa"
etc estejam na estrutura dramática de filmes como "Procurando Nemo", "Os Incríveis" e
"Toy Story 2" (para citar alguns
dos melhores), é inegável que o
cinema de animação apresenta
hoje, ao lado da comédia, os
conteúdos mais críticos produzidos em Hollywood.
O lance é que essas fitas trabalham com a ambiguidade, o
que lhes dá certa isonomia,
além de fazer com que o público mais crescidinho interaja
com as histórias. É o caso de
"Madagascar" (TC Premium,
20h20; livre). Alguns animais
criados num zoo de Manhattan
reencontram suas origens ao
chegar à ilha do título, com os
devidos estranhamentos que
nova-iorquinos teriam diante
da fauna africana.
Além do manjado bate e assopra nas piadas contra (e a favor de) NY, ainda há, nas brechas, espaço para vermos um
dardo tranquilizante fazendo o
leão delirar como se aquilo fosse LSD.
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