São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2000


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RÁDIO
Cantor deu entrevista para 250
Lobão "estrela" ato de comunitárias

da Reportagem Local

Cerca de 250 representantes de rádios comunitárias paulistas participaram, na última sexta, de entrevista com o cantor Lobão, na Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco (centro de São Paulo).
Lobão, que lançou em bancas o CD independente "A Vida É Doce" e foi à rádio da favela de Heliópolis (zona sudeste de São Paulo) divulgar o disco, foi o primeiro artista (e até agora o único) a aderir à bandeira das rádios comunitárias -emissoras clandestinas voltadas para a comunidade em que estão e que, na maior parte, operam com baixa potência.
As cerca de 2.000 estações clandestinas do Estado sofrem repressão da Agência Nacional de Telecomunicações e da Polícia Federal. A Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão e a Associação das Emissoras de Rádio e TV de São Paulo acusam as rádios piratas de interferir na comunicação de ambulâncias e aviões.
A entrevista de Lobão -recebido como "a estrela das rádios comunitárias do Brasil"- foi o "recheio" de assembléia das emissoras comunitárias paulistas, a qual também foi palanque para políticos como o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PPB-SP).
"A concessão pública de radiodifusão exige direitos e deveres que não estão sendo cumpridos. Por isso, deveria ser repensada", discursou Lobão, atacando as rádios comerciais.
Na assembléia discutiu-se a articulação de reuniões com deputados e com FHC. As rádios querem agilizar a legalização das rádios comunitárias, prevista em lei federal de 98. O movimento decidiu enviar cartas aos jornais, juízes e promotores e coletar assinaturas para uma "carta aberta da população".
(DANIEL CASTRO)


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