São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 2008 |
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entrevista "Os escritores árabes são hostis a Israel" COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
Avraham B. Yehoshua tem
71 anos, vive na cidade de
Haifa e é considerado um dos
mais importantes escritores
israelenses da atualidade.
Teve vários livros traduzidos
no Brasil, entre eles "A Noiva
Libertada" (Companhia das
Letras).
(ACD)
FOLHA - Como o senhor vê essa polêmica sobre a participação de Israel no Salão do Livro de Paris? AVRAHAM B. YEHOSHUA - Eu lamento muito que os países árabes, principalmente os escritores e editores árabes, boicotem o Salão do Livro. Penso que os intelectuais deveriam, ao contrário, buscar o diálogo. Nós temos uma relação de paz com Egito, com a Jordânia. Estamos também negociando com os palestinos. Mas, finalmente, os escritores árabes sempre adotaram uma posição mais extremista, mais hostil à normalização das relações com Israel do que a posição adotada pelo governo e mesmo pela população de seus países. FOLHA - Mas não são somente
escritores e organizações árabes
que fizeram um apelo ao boicote.
Há também alguns escritores e
intelectuais israelenses.
FOLHA - O senhor se considera
uma voz discordante e crítica à
atual política de Israel?
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