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Animação pega carona no autor de "O Grinch"
"Horton e o Mundo dos Quem!", baseado em história de Dr. Seuss, tem Jim Carrey e Steve Carell na versão original
"Fiz versão mais jovem e inocente de mim mesmo", diz Carrey; filme é estréia na direção de animadores de "Procurando Nemo" e "Robôs"
TETÉ RIBEIRO
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES
Um filme é um filme, não importa seu formato. Mas ajuda
se for baseado numa obra de
Dr. Seuss. O autor é o maior
best-seller de histórias infantis
da língua inglesa, com mais de
500 milhões de exemplares.
Seus maiores sucessos já foram adaptados para o cinema:
"O Grinch", com Jim Carrey,
em 2000, e "O Gato", de 2003,
com Mike Myers. Nos Estados
Unidos, seu nome -pseudônimo de Theodor Seuss Geisel
(1904-1991)- já basta para gerar curiosidade. É nesse clima
que estréia hoje "Horton e o
Mundo dos Quem!", que chega
às telas de 15 países no formato
de animação.
De novo, Jim Carrey está no
papel principal, mas desta vez
usando só a voz. Ele é o elefante
Horton, que um dia ouve um
pedido de socorro vindo de um
pedacinho de poeira e, apesar
de não ver nada, acredita que
alguém pode de fato morar ali e
decide ajudar. O tal pedacinho
de poeira é um pequeno universo reincidente no mundo de
Dr. Seuss, a Quemlândia. E
quem pede socorro é o prefeito
da cidade, dublado por Steve
Carell. O filme entra em cartaz
em 15 países; no Brasil, serão
419 cópias, com apenas seis legendadas (Marco Ribeiro faz a
voz de Horton, e Tom Cavalcante, a do prefeito).
Novidade
É o primeiro trabalho de Carrey em um longa de animação.
Para ele, o mais interessante foi
voltar à obra de Dr. Seuss como
um dos grandes heróis, após ter
vivido o maior vilão -o Grinch.
"Conversei muito com os diretores para saber o que eles
queriam, e a resposta era sempre a mesma: "Você'", disse o
ator em entrevista à Folha, em
Los Angeles. "Mas aí achei que
era pouco desafio, então fiz
uma versão mais jovem e mais
inocente de mim mesmo."
Já para Carell, a novidade é
que ele agora é um nome quase
tão conhecido quanto o colega
comediante, situação diferente
da última (e única) vez em que
trabalharam juntos, no filme
"Todo Poderoso", de 2003. Ver
seu nome ao lado do de Carrey
e acima do título do filme chegou a assustá-lo: "Já trabalhava
há 20 anos como ator e me sustentava sem ter de ser garçom
nas noites livres desde 1988, o
que para mim já era o meu
maior sucesso".
O ator virou um grande nome em 2005, com o filme "O
Virgem de 40 Anos". O lugar na
lista A de Hollywood foi garantido como o acadêmico suicida
de "Pequena Miss Sunshine",
no ano seguinte. Uma outra dupla de Jim e Steve, no entanto,
é a responsável por levar a história de Horton às telas. São os
diretores estreantes Jimmy
Hayward (animador de "Procurando Nemo") e Steve Martino (animador de "Robôs").
"A comédia é uma linguagem
universal", afirmou Hayward.
"Fui ao último Festival de Cinema de Búzios apresentar um
trecho, e o público, mesmo sem
conhecer o livro nem ver o filme inteiro, riu muito." Martino
completa: "O tema do filme é a
frase que Horton fala o tempo
inteiro: "Uma pessoa é uma
pessoa, não importa o seu tamanho". Nada é mais atual do
que isso".
A jornalista TETÉ RIBEIRO viajou a convite da
Fox.
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