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Aos 87 anos, Sbat já enfrenta crise desde 1998
DA REPORTAGEM LOCAL
"Desde 1917 em defesa do
direito autoral." É o slogan
da Sociedade Brasileira de
Autores Teatrais, a Sbat, que
atravessa uma das suas piores crises em 87 anos.
Sociedade civil, sem fins
lucrativos, tem entre seus
fundadores a maestrina Chiquinha Gonzaga e os escritores João do Rio, Viriato Corrêa e Oduvaldo Vianna.
Pelo menos desde 1998, a
entidade sofre reveses com
denúncias de desvio de repasse por funcionários. Há
ações criminal e civil na Justiça, afirma a advogada Regina Bittencourt, coordenadora-geral da Sbat.
Desde meados de 2004, a
entidade é comandada por
um conselho diretor formado por nomes como Millôr
Fernandes, Ziraldo, Alcione
Araújo, Aderbal-Freire Filho
e Edinha Diniz.
"É uma crise de imagem,
motivada por atos isolados
de pessoas irresponsáveis
que passaram pela Sbat", diz
Bittencourt, 47. Ela trabalhou na entidade entre 1978 e
1994 e retornou no ano passado "para colocar a casa em
ordem", expressão da dramaturga Denise Faissal, às
voltas com as dívidas com os
escritórios estrangeiros.
Além dos textos em língua
alemã, há débitos com franceses e italianos.
Entre as atribuições da
Sbat, está a fiscalização e cobrança dos direitos autorais
relativos aos cerca de 8.000
sócios brasileiros (2.000 ativos, montados com mais
freqüência).
Para fornecer informação
sobre texto nacional, a Sbat
cobra R$ 30 e para texto estrangeiro, R$ 60.
"Tenho certeza de que vamos conseguir restabelecer a
correção e a honestidade
que a Sbat sempre teve", diz
Faissal, que já havia trabalhado na entidade por 15
anos e retornou agora para a
operação resgate.
(VS)
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