São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 2005

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Aos 87 anos, Sbat já enfrenta crise desde 1998

DA REPORTAGEM LOCAL

"Desde 1917 em defesa do direito autoral." É o slogan da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, a Sbat, que atravessa uma das suas piores crises em 87 anos.
Sociedade civil, sem fins lucrativos, tem entre seus fundadores a maestrina Chiquinha Gonzaga e os escritores João do Rio, Viriato Corrêa e Oduvaldo Vianna.
Pelo menos desde 1998, a entidade sofre reveses com denúncias de desvio de repasse por funcionários. Há ações criminal e civil na Justiça, afirma a advogada Regina Bittencourt, coordenadora-geral da Sbat.
Desde meados de 2004, a entidade é comandada por um conselho diretor formado por nomes como Millôr Fernandes, Ziraldo, Alcione Araújo, Aderbal-Freire Filho e Edinha Diniz.
"É uma crise de imagem, motivada por atos isolados de pessoas irresponsáveis que passaram pela Sbat", diz Bittencourt, 47. Ela trabalhou na entidade entre 1978 e 1994 e retornou no ano passado "para colocar a casa em ordem", expressão da dramaturga Denise Faissal, às voltas com as dívidas com os escritórios estrangeiros. Além dos textos em língua alemã, há débitos com franceses e italianos.
Entre as atribuições da Sbat, está a fiscalização e cobrança dos direitos autorais relativos aos cerca de 8.000 sócios brasileiros (2.000 ativos, montados com mais freqüência).
Para fornecer informação sobre texto nacional, a Sbat cobra R$ 30 e para texto estrangeiro, R$ 60.
"Tenho certeza de que vamos conseguir restabelecer a correção e a honestidade que a Sbat sempre teve", diz Faissal, que já havia trabalhado na entidade por 15 anos e retornou agora para a operação resgate. (VS)


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