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Wingless Angels saúda a "mãe" África
especial para Folha
Para os Rolling Stones, eles eram
apenas um bando de desocupados
que rodeavam a casa de Keith Richards em Ocho Rios, Jamaica.
Mas o guitarrista viu naquela coleção de canções interpretada à
base de batuques e vocais uma bela maneira de investir dinheiro.
Apadrinhou e produziu os Wingless Angels, cujo disco de estréia,
"Wingless Angels", chegou às lojas de todo mundo no início do
ano -aqui, só importado.
Richards descobriu os anjos em
1973. A primeira tentativa de colocá-los no estúdio foi um fracasso.
Depois o tão sonhado disco emperrou nos históricos problemas
de Richards com as drogas e as
turnês dos Rolling Stones. O guitarrista apenas retomou os trabalhos em 1995, com o fim de "Voodoo Lounge".
A audição do CD requer certos
cuidados. O trabalho é a cara de
seu mecenas, que sempre valorizou a emoção à técnica. O resultado é um disco "sujo", em que se
ouvem barulhos de grilos etc. Mas
nenhum problema técnico interfere no prazer de ouvir o disco.
Tendo como matérias-primas
cascas de coco e latas de leite condensado, eles ganham força nas
mãos de gente como Blacksull e
Fisherman Bongo Locksley. O que
sai dali é uma pajelança que está
muito mais próxima da "mãe"
África do que qualquer bloco afro
da Bahia.
(SM)
Disco: Wingless Angels
Quanto: R$ 19, em média
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