São Paulo, terça, 14 de abril de 1998

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Seis editoras não participam da Bienal

CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio

Seis das maiores editoras brasileiras decidiram não participar do Salão Internacional do Livro de São Paulo, que acontecerá em abril de 1999. A atitude foi uma reação à decisão da CBL (Câmara Brasileira do Livro) de tornar anual a realização de uma feira de livros na cidade.
Companhia das Letras, Record, Rocco, Objetiva, Paz e Terra e Nova Fronteira firmaram um compromisso de, em 1999, só participar da Bienal Internacional do Livro do Rio, que teve sua realização antecipada e agora acontecerá simultaneamente à feira paulista.
A decisão torna clara uma divisão no mercado editorial brasileiro. De um lado está a CBL (editores, livreiros, distribuidores e importadores de livros), que organiza a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Do outro, está o SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), que reúne os editores e que organiza a Bienal do Rio.
Para Raul Wassermann, vice-presidente da CBL, a decisão do SNEL de antecipar a realização da Bienal do Rio prejudica as duas feiras. "Eles estão dividindo o mercado com a decisão de fazer as datas das duas feiras coincidirem."
Para o editor Roberto Feith, da Objetiva, enquanto a feira do Rio teria como prioridade a divulgação e a ampliação do mercado, trazendo autores brasileiros e estrangeiros, a de São Paulo funcionaria como um grande mercado para o público.
Wassermann discorda. "No início pensávamos assim, mas agora a intenção é fazer um evento da mesma magnitude da Bienal. Não vamos ser apenas uma feirinha para o público."



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