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Seis editoras não participam da Bienal
CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio
Seis das maiores editoras brasileiras decidiram não participar do Salão Internacional do
Livro de São Paulo, que acontecerá em abril de 1999. A atitude
foi uma reação à decisão da CBL
(Câmara Brasileira do Livro) de
tornar anual a realização de
uma feira de livros na cidade.
Companhia das Letras, Record, Rocco, Objetiva, Paz e
Terra e Nova Fronteira firmaram um compromisso de, em
1999, só participar da Bienal Internacional do Livro do Rio, que
teve sua realização antecipada e
agora acontecerá simultaneamente à feira paulista.
A decisão torna clara uma divisão no mercado editorial brasileiro. De um lado está a CBL
(editores, livreiros, distribuidores e importadores de livros),
que organiza a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Do
outro, está o SNEL (Sindicato
Nacional dos Editores de Livros), que reúne os editores e
que organiza a Bienal do Rio.
Para Raul Wassermann, vice-presidente da CBL, a decisão
do SNEL de antecipar a realização da Bienal do Rio prejudica
as duas feiras. "Eles estão dividindo o mercado com a decisão
de fazer as datas das duas feiras
coincidirem."
Para o editor Roberto Feith,
da Objetiva, enquanto a feira do
Rio teria como prioridade a divulgação e a ampliação do mercado, trazendo autores brasileiros e estrangeiros, a de São Paulo funcionaria como um grande
mercado para o público.
Wassermann discorda. "No
início pensávamos assim, mas
agora a intenção é fazer um
evento da mesma magnitude da
Bienal. Não vamos ser apenas
uma feirinha para o público."
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