São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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Crítica

"Primeira Noite" conquista por roteiro e elenco

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Um rapaz tem caso com uma coroa, mas se apaixona pela filha dela. Eis aí um "plot" capaz de render coisas horrorosas. Por que, então, "A Primeira Noite de um Homem" (Turner Classic Movies, 22h) não é um filme horroroso?
Primeiro, porque o roteiro soube aproveitar muito bem a época (fim dos anos 60) em que foi feito. Naquele tempo, os jovens sempre tinham razão -por que remar contra a corrente, se, além do mais, os jovens de fato representavam uma maneira nova de encarar o mundo?
Em segundo lugar, há uma escolha judiciosa do elenco. Um garoto tenaz, como Dustin Hoffman, uma garota sublime, como Katharine Ross, uma mãe provocante, como Anne Bancroft. É meio caminho andado. Depois, a direção do filme vai para Mike Nichols, que sabe conduzir elencos com rara habilidade.
Pode-se optar, no mesmo horário, por "O Abraço Partido" (Telecine Cult), filme argentino que faz a distinção: é sentimental, mas não piegas.


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