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Três filmes da série me parecia demais, diz diretor
Em entrevista à Folha, os astros Cameron Diaz e Antonio Banderas falam sobre os novos rumos da franquia milionária
Sucesso de Shrek garante mais uma seqüência, em 3D, prevista para 2010, e filme inteiro dedicado ao coadjuvante Gato de Botas
TETÉ RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM LOS ANGELES
Não é fácil ser verde, já dizia o
sapo Caco, de "Vila Sésamo".
Agora, é o monstrengo Shrek
quem não está vendo muita
graça na vida. Em "Shrek Terceiro", que estréia no Brasil
nesta sexta, o terceiro filme da
franquia mais bem-sucedida de
filmes de animação da história,
o personagem principal recebe
logo nas primeiras cenas duas
notícias de acabar com o humor de qualquer ogro.
Primeiro, a de que ele é o próximo na linhagem real na monarquia de Never Never Land,
já que casou com a única filha
do rei. Segundo: vai ser pai.
"Adorei ler isso no roteiro,
não me lembro de nenhum
conto de fadas em que uma personagem fica grávida", disse
Cameron Diaz, que faz a voz da
princesa Fiona, mulher de
Shrek, em entrevista à Folha
na época do lançamento do filme nos EUA, no mês passado.
A atriz disse que se identifica
muito com a personagem, que
como ela é uma mulher (ou
uma ogra) moderna que se sente muito bem em sua própria
pele. "Por outro lado, essa história de ela engravidar pode me
trazer problemas. Agora, todo
o mundo quer saber se eu também quero ser mãe." Só para
deixar registrado: "Não quero
ter filhos tão cedo".
O excesso de cuidado de Cameron tem nome. É Justin
Timberlake, seu ex-namorado,
que também faz parte do filme.
É dele a voz do garoto Artie, um
primo distante de Fiona, e a
única esperança de Shrek de se
livrar do reino.
O cantor não participou das
entrevistas de lançamento do
filme. "Eu nem sabia que ele
estava trabalhando como ator
quando o convidamos para fazer a voz de Artie", disse o diretor Chris Miller.
Esse é o seu primeiro trabalho como diretor. Miller começou a carreira como ator, depois virou roteirista e animador e está envolvido com os filmes da franquia desde 1996,
quando o primeiro filme começou a ser roteirizado. Ele ajudou a escrever diálogos, trabalhou no departamento de animação e fez a voz de Gepeto e
do Espelho Mágico.
"Tive muitas dúvidas quando
fui convidado para dirigir
"Shrek Terceiro". Três filmes de
uma série me parecia demais.
Mas não existe nenhum motivo lógico para o terceiro filme
ser pior que os outros. Quando
descobri que a história seria sobre o medo de Shrek de assumir responsabilidades, não tive
dúvidas", disse Chris à Folha.
Se a qualidade do filme é assunto polêmico entre os críticos, com o público a história é
diferente. No primeiro fim de
semana em cartaz nos EUA,
"Shrek Terceiro" faturou US$
122 milhões (cerca de R$ 237
milhões) de bilheteria e bateu o
recorde de arrecadação para
um filme de animação. O recorde anterior era de "Shrek 2", de
2004, com US$ 108 milhões.
Três dimensões
O estúdio Dreamworks já
tem mais dois longas da série
em seus planos. O primeiro é
um spin-off do personagem Gato de Botas, que já tem Antonio
Banderas a bordo. O espanhol
faz a voz do personagem em inglês e também nas versões dubladas em espanhol e italiano.
E, dessa vez, deve dublar também o filme na versão japonesa.
"É mais ou menos fácil para
quem fala línguas de origem
hispânica, porque muitos fonemas são parecidos", acredita o
ator, que já fez vários comerciais na TV do Japão.
O outro projeto é o de "Shrek
4", que será feito em 3D. O presidente da Dreamworks, Jeffrey Katzenberg, anunciou no
último Festival de Cannes que
o estúdio fará todos os seus filmes em três dimensões em
2009. A nova tecnologia exige
que as salas de cinema que já
sejam equipadas com tecnologia digital façam um investimento de US$ 17 mil para exibir
um filme em três dimensões, e
que o público use óculos de lentes polarizadas, em vez dos tradicionais óculos com uma lente
vermelha e uma azul.
Para a produção de um longa
de animação, o investimento é
de, no mínimo, US$ 12 milhões.
Os dois filmes têm previsão de
lançamento em 2010.
No Brasil, "Shrek Terceiro"
estréia com um grande desfalque: a voz do ogro em português não é mais do comediante
Bussunda, morto em 2006. Foi
substituído por Mauro Ramos,
um dublador profissional, como o resto do elenco.
A repórter TETÉ RIBEIRO viajou a convite da Paramount
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