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ON LINE
Site www.somlivre.com.br vai contar com discos de 150 gravadoras e já tem 10 mil títulos em catálogo
Som Livre vai vender CDs pela Internet
CLÁUDIA GURFINKEL
free-lance para a Folha
A gravadora Som Livre, das Organizações Globo, inaugura no
fim do mês sua loja na Internet.
Apesar da marca Som Livre, o site
vai oferecer CDs de cerca de 150
gravadoras brasileiras e estréia
com mais de 10 mil títulos catalogados e 40 mil trechos de músicas.
O site é a primeira incursão do
grupo no comércio eletrônico.
Em um ano de montagem, já consumiu R$ 1,5 milhão, investimento que o diretor-geral do projeto,
Antonio Pezzella, pretende recuperar em dois anos.
Com 18 funcionários, o site será
também um banco de dados.
"Todas as entrevistas colocadas
no site e as biografias dos músicos
ficarão armazenadas para quem
quiser fazer busca", diz Pezzella.
Ele acredita que os únicos concorrentes do site são os internacionais CDNow (dos grupos
Warner e Sony) e Amazon.
No site da CDNow
(www.cdnow.com), o usuário pode ouvir trechos das quatro primeiras músicas de alguns CDs. O
da Som Livre oferecerá em áudio
de três a cinco faixas de um disco.
"Mas mesmo com o site no ar,
faremos alterações", conta Flávio
Monteiro, programador musical.
A Som Livre on line não vai distribuir músicas em MP3, formato
sem limites para reprodução e cuja distribuição é gratuita na rede.
"Não vamos ter MP3 porque
não preserva os direitos fonográficos e autorais", afirma Pezzella.
"Tão logo a distribuição digital de
música se torne legal, entraremos
nesse mercado."
Por segurança -já que para
comprar algo pela Internet geralmente se envia o número do cartão de crédito-, a Som Livre vai
colocar os dados fornecidos pelo
usuário em um CPD (Centro de
Processamento de Dados) sem
nenhuma ligação com a Internet.
Isso evitará que, caso hackers invadam o site, tenham acesso ao
banco de dados de números de
cartões. Os clientes poderão também fazer as compras por débito
em conta bancária.
Nos EUA, onde o comércio on
line é bastante difundido, a venda
de CDs pela Internet quadruplicou de 1997 para 1998: passou de
US$ 37 milhões para mais de US$
150 milhões no período, segundo
pesquisa da Riaa (Associação da
Indústria Fonográfica da América), entidade que reúne as grandes gravadoras do país.
Segundo uma pesquisa do Boston Consulting Group, 88% das
vendas feitas pela Internet na
América Latina ocorrerão no Brasil este ano, que representa 45%
do mercado latino-americano de
Internet. A projeção para 99 é que
o Brasil irá movimentar cerca de
US$ 67,7 milhões em comércio
eletrônico.
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