especial para a Folha

O prédio do Masp, projetado por Lina Bo Bardi (1914-1992), começou a ser reformado em março de 97. Desde então, caiu a quantidade (para alguns críticos, também a qualidade) das mostras que o museu tradicionalmente promovia ou hospedava desde a inauguração da sede da avenida Paulista, em 68.
Tudo se agravou no primeiro semestre deste ano, com o cancelamento de mostras internacionais, sempre por motivos alheios à sua vontade, segundo o Masp, e o recolhimento do acervo permanente. Em julho, o museu permaneceu fechado. "Não tínhamos recursos para fechar integralmente, o que abreviaria as obras em um ano", diz Júlio Neves.
Com problemas de espaço, em 95 o museu negociou com a Prefeitura empréstimo da galeria Prestes Maia, no centro de São Paulo. "Não se concretizou e nem sei se poderíamos reformar aquele espaço", diz Neves, que preferiu escavar um segundo subsolo no prédio da Paulista, onde, no próximo dia 20, o museu inaugura mostra de Picasso. (AM)



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