São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTROS LANÇAMENTOS
Robbie Williams cola na orelha

Sing When You're Winning
    Artista: Robbie Williams
Lançamento: EMI
Quanto: R$ 20, em média "Sing When You're Winning" é o melhor álbum de Robbie Williams e isso não é pouca coisa. Seu nome pode não reverberar aqui na parte de baixo do Equador, mas na Europa, principalmente na Inglaterra, o sujeito é rei.
Ele é o lado brega do britpop, mas, enigma dos enigmas, o lado mais cult do rock, o público que lota seus shows e inclusive a imprensa britânica "séria" adoram Williams como se ele fosse um amigo querido.
Solo, já em seu terceiro álbum, o astro se transformou em um George Michael.
Arrogante nas letras, carismático no palco e em entrevistas, divertido nas atitudes, chamou recentemente o ex-amigo Liam Gallagher, do Oasis, para uma briga com cobrança de ingressos.
É hoje talvez a maior celebridade pop inglesa, e isso reflete neste "Sing When You're Winning".
O disco é uma colagem de canções que colam na orelha, 12 músicas de pop fácil. "Let Love Be Your Energy" e "Supreme" são as mais "interessantes", vamos dizer, mas "Rock DJ" faz de Williams uma Madonna masculina e britânica. (LR)


RAIO X


Discografia: "Life thru Lens", 1997; "I've Been Expecting You", 1998; "The Ego Has Landed" (compilação), 1999; e "Sing When You're Winning", 2000.

Histórico: Robbie Williams, antes de se atirar à carreira solo, integrou o descartável Take That, banda de garotos do começo dos 90 precursora da febre Five e Backstreet Boys.

(Breach)
   Artista: The Wallflowers
Lançamento: Universal
Quanto: R$ 20, em média
Jakob Dylan, o filho de Bob, chega ao terceiro álbum da banda atrás da qual esconde sua grife de fábrica, The Wallflowers. "(Breach)" segue a procura por uma identidade própria, distanciada em termos do folk militante do pai. O garoto leva a sorte de não ter herdado a voz anasalada, mas leva também o azar de não ter puxado de lá tanta verve poética. Assim, "(Breach)" é nova coleção de rocks-balada apaziguados, que não avançam em relação aos de "Bringing Down the Horse" (96), álbum que tornou os Wallflowers conhecidos mundialmente. Se o CD sobe em baladas pesadas como "Letters from the Wasteland", "I've Been Delievered" ou "Sleepwalker", desce em rocks frouxos como "Hand me Down" e "Murder 101". (PAS)


Nadja Salerno-Sonnenberg, Sérgio and Odair Assad
    Artistas: os que dão nome ao disco
Lançamento: Warner
Quanto: R$ 20, em média
Só de ouvir falar na fusão de música erudita com a chamada world music, muitos já têm calafrios. Mas não há o que temer nesse disco, que junta os violonistas brasileiros e a violinista nascida em Roma e naturalizada norte-americana. Eles visitam a música cigana, européia e do Oriente Médio. O resultado é de uma coesão que torna natural o que tinha tudo para soar estranho. Com exceção de "Andalucia" e "The Chase", os irmãos Assad mostram que, nesse tipo de encontro, é possível evitar, nos violões, o apelo quase magnético da música flamenca. Climáticas, as composições de Sérgio fazem com que a interação hipnótica entre os violões seja pontuada pelo violino incisivo de Nadja. (EF)



Texto Anterior: "The Spirit of Saint Louis": Manhattan Transfer aposta na mudança e perde o jogo
Próximo Texto: Download: Massive Attack solta inéditas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.