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OUTROS LANÇAMENTOS
Robbie Williams cola na orelha
Sing When You're Winning
Artista: Robbie Williams
Lançamento: EMI
Quanto: R$ 20, em média
"Sing When You're Winning" é o
melhor álbum de Robbie Williams e
isso não é pouca coisa. Seu nome pode
não reverberar aqui na parte de baixo
do Equador, mas na Europa,
principalmente na Inglaterra, o sujeito
é rei.
Ele é o lado brega do britpop, mas,
enigma dos enigmas, o lado mais cult
do rock, o público que lota seus shows
e inclusive a imprensa britânica "séria"
adoram Williams como se ele fosse um
amigo querido.
Solo, já em seu terceiro álbum, o astro
se transformou em um George
Michael.
Arrogante nas letras, carismático no
palco e em entrevistas, divertido nas
atitudes, chamou recentemente o ex-amigo Liam Gallagher, do Oasis, para
uma briga com cobrança de ingressos.
É hoje talvez a maior celebridade pop
inglesa, e isso reflete neste "Sing When
You're Winning".
O disco é uma colagem de canções que
colam na orelha, 12 músicas de pop
fácil. "Let Love Be Your Energy" e
"Supreme" são as mais
"interessantes", vamos dizer, mas
"Rock DJ" faz de Williams uma
Madonna masculina e britânica.
(LR)
RAIO X
Discografia: "Life thru Lens",
1997; "I've Been Expecting You",
1998; "The Ego Has Landed" (compilação), 1999; e "Sing When You're
Winning", 2000.
Histórico: Robbie Williams, antes
de se atirar à carreira solo, integrou o
descartável Take That, banda de garotos do começo dos 90 precursora
da febre Five e Backstreet Boys.
(Breach)
Artista: The Wallflowers
Lançamento: Universal
Quanto: R$ 20, em média
Jakob Dylan, o filho de Bob, chega ao
terceiro álbum da banda atrás da
qual esconde sua grife de fábrica, The
Wallflowers. "(Breach)" segue a
procura por uma identidade própria,
distanciada em termos do folk
militante do pai. O garoto leva a sorte
de não ter herdado a voz anasalada,
mas leva também o azar de não ter
puxado de lá tanta verve poética.
Assim, "(Breach)" é nova coleção de
rocks-balada apaziguados, que não
avançam em relação aos de
"Bringing Down the Horse" (96),
álbum que tornou os Wallflowers
conhecidos mundialmente. Se o CD
sobe em baladas pesadas como
"Letters from the Wasteland", "I've
Been Delievered" ou "Sleepwalker",
desce em rocks frouxos como "Hand
me Down" e "Murder 101".
(PAS)
Nadja Salerno-Sonnenberg,
Sérgio and Odair Assad
Artistas: os que dão nome ao disco
Lançamento: Warner
Quanto: R$ 20, em média
Só de ouvir falar na fusão de música
erudita com a chamada world music,
muitos já têm calafrios. Mas não há o
que temer nesse disco, que junta os
violonistas brasileiros e a violinista
nascida em Roma e naturalizada
norte-americana. Eles visitam a
música cigana, européia e do Oriente
Médio. O resultado é de uma coesão
que torna natural o que tinha tudo
para soar estranho. Com exceção de
"Andalucia" e "The Chase", os irmãos
Assad mostram que, nesse tipo de
encontro, é possível evitar, nos
violões, o apelo quase magnético da
música flamenca. Climáticas, as
composições de Sérgio fazem com
que a interação hipnótica entre os
violões seja pontuada pelo violino
incisivo de Nadja.
(EF)
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