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Balada das letras
De amanhã a domingo, Balada Literária traz mais de 50 nomes ao circuito boêmio de SP; Antonio Candido e Luandino Vieira participam de debates
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo já tem uma festa
para os livros. A Balada Literária acontece de amanhã a domingo, com bate-papos e debates com mais de 50 convidados,
brasileiros e estrangeiros, entre eles o crítico Antonio Candido e o escritor angolano José
Luandino Vieira, que em 2006
recusou o Prêmio Camões.
Com entrada franca (salvo
uma roda de samba com a cantora Fabiana Cozza), os encontros acontecem em "redutos"
da boemia literária paulistana,
como Mercearia São Pedro, Ó
do Borogodó e Livraria da Vila.
A bem da verdade, a Balada
teve seu "ano zero" em 2006,
mas os organizadores, os escritores Marcelino Freire e Maria
Alzira Brum Lemos, queriam
repensar o formato antes de
lançá-lo formalmente. A inspiração, diz Freire, vem da própria Festa Literária Internacional de Paraty, que fez do evento
literário uma celebração.
"São Paulo é uma cidade baladeira. Queríamos a literatura
envolvida nesse espírito", diz o
escritor, que contou com o
apoio de editoras e do Instituto
Cervantes para fazer o evento.
"O que os outros fazem com 1
milhão, eu faço com humilhação", brinca Freire.
O evento terá também a exposição "O Lugar do Escritor",
do fotógrafo Eder Chiodetto, a
peça "Dois Perdidos Numa
Noite Suja", de Plínio Marcos,
com atores de Moçambique, o
espetáculo "Cantos Negreiros",
de Freire e Fabiana Cozza, e
um show de encerramento, no
domingo, às 20h, no espaço b-
arco, com Lirinha, do grupo
Cordel do Fogo Encantado.
Encerramento? Bem, como
toda balada, terá direito à ressaca. Duas, aliás: no dia 19, com
aula do escritor mexicano Mario Bellatin. E no dia 26, numa
conversa com o escritor Luis
Fernando Verissimo.
Paralelamente, a Associação
Brasileira de Imprensa inaugura hoje o 1º Salão Nacional do
Jornalista Escritor, no Memorial da América Latina, com
participação de nomes como
Ruy Castro e Fernando Morais.
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