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TELEVISÃO
Globo muda direção de "Big Brother Brasil"
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
A versão nacional de "Big Brother" nem entrou no ar e já sofreu
a primeira intervenção da cúpula
da TV Globo. Nesta semana, a
emissora trocou o diretor artístico
do programa: saiu Luís Gleiser
(que desde abril se dedicava ao
projeto) e entrou J.B. de Oliveira,
o Boninho, que dirigiu o primeiro
e o terceiro "No Limite". "Big Brother Brasil" estréia em janeiro.
A intervenção revela um clima
de insegurança e de tensão na cúpula da rede, que teme o desgaste
da fórmula do "reality show" com
o sucesso de "Casa dos Artistas",
do SBT, que acusa ser um plágio
de "Big Brother". A emissora chegou a cogitar escalar "famosos"
para o elenco do programa, mas
optou por selecionar anônimos.
Boninho foi "intimado" a dirigir "Big Brother" porque a Globo
atribui a ele os acertos de "No Limite". Para a emissora, o segundo
"No Limite", sem Boninho, não
emplacou porque não foi bem dirigido e editado.
Luís Gleiser vai assinar a direção
geral de "Big Brother Brasil", mas
não terá poderes sobre a versão
do programa para a TV Globo.
Vai coordenar o "cross media", as
versões para TV paga, internet e
rádio. Será como um rei numa
monarquia parlamentarista.
Gleiser, que dirigiu o "Domingão do Faustão de junho de 2000
até março, com apenas duas vitórias no Ibope, foi o responsável
pela compra de "Big Brother" da
Endemol. Mas a Globo preferiu
não arriscar na direção.
OUTRO CANAL
Metade 1
O acordo entre a agência de marketing esportivo Traffic e
a TV Record, assinado anteontem, prevê divisão meio a meio dos
custos dos direitos esportivos e do faturamento com as
transmissões. Mas a Traffic não vai interferir no departamento de
esportes da Record, como fazia na Band.
Metade 2
A Record já está montando uma equipe de repórteres,
locutores e comentaristas. Vai transmitir a Liga Rio-São Paulo, o
Brasileiro, as copas do Brasil e dos Campeões, a Libertadores e os
amistosos da seleção. Por sua parte nos direitos de 2002, vai gastar
pouco mais de R$ 20 milhões.
Ruído
A Globo queria US$ 3 milhões pelos direitos de transmissão
em rádio da Copa de 2002. Anteontem, fechou acordo com 13
emissoras, que vão desembolsar apenas US$ 860 mil em dinheiro
-o restante será "pago" em permutas, com a cessão de espaço para
publicidade da Globo. A Jovem Pan (SP) e a Tupi (RJ) ficaram fora.
Destino
O SBT ainda discute o que fará com Núbia Ólive, de "Casa
dos Artistas". Ela não foi bem nos testes de atriz e só ganhará um
"papel grande" em novela da emissora após fazer curso de
interpretação. Sem isso, só terá pequenas participações.
E-mail - daniel.castro@uol.com.br
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