São Paulo, sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

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Crítica

Luz e direção de arte desequilibram "Grande Família"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que mais chama a atenção em "A Grande Família" (TC Pipoca, 19h25) não é a simpatia dos tipos já conhecidos da série de TV, nem a fluência de certas situações e diálogos, nem o histriônico dos atores (que, como freqüentemente no cinema nacional, nunca se sabe se atuam para TV, cinema ou teatro).
O que chama a atenção, antes de mais nada, é a luz onipresente, gritante, essa "luz de comédia" que não se contenta em iluminar, mas é como se todo o tempo gritasse sua condição (e a do filme).
E, em seguida, o que chama a atenção é a estridência da direção de arte, que parece ter necessidade de, em cada canto do quadro, acrescentar mais um contraste, de tal modo que o enquadramento em certos momentos passe a existir em si, como se o filme fosse um apêndice de suas cores.
Talvez esses desequilíbrios indiquem dificuldades da passagem da TV ao cinema, talvez sejam signo de certas crenças sobre o cinema. Apesar deles, a Globo (TV) está milhas à frente da concorrência.


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