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Internautas escolhem o preço em cinema virtual
DA REPORTAGEM LOCAL
Se os jovens de hoje, à la Raul
Seixas, gritam "nós não vamos
pagar nada, é tudo free" -como
mostra "Steal This Film 2"-, a
solução para quem produz conteúdo artístico não passa por
censura e perseguição (que o
desenvolvimento tecnológico
tornou ineficazes), mas pela
busca de métodos alternativos.
Ninguém chegou ainda a
uma solução definitiva e universal, mas um modelo que está
ganhando popularidade é o que
permite aos usuários definirem
quanto querem pagar (incluindo nada) pelo que baixam.
O caso mais recente é o do
www.virtualcineplex.com,
site cujo slogan é "assista de
graça, pague o que você achar
merecido, depois do filme".
O site colocou na rede (para
ser visto on-line) seu primeiro
filme, "Revoloution", dirigido e
interpretado por Bret Carr,
com roteiro assinado em parceria com Quinn Redeker (de "O
Franco-Atirador") -uma história meio bizarra de um boxeador/comunicador.
Para assistir, basta ao internauta entrar no site e deixar
um e-mail, para o qual é enviado o link com acesso ao filme.
Posteriormente, é possível
doar no próprio site, via cartões
de crédito, ou comprar o DVD
por US$ 25 (cerca de R$ 44).
Blogueiro e produtor
A proposta do Virtual Cineplex vai além: ele convida blogueiros e "podcasters" a ajudarem na divulgação do filme, ganhando crédito como produtores nos letreiros finais.
Dependendo de quão acessado for o blog ou o podcast, o site
se propõe a dividir 20% dos lucros com vendas de DVD. A
idéia é driblar os canais normais de publicidade (um dos
principais gastos dos estúdios)
e conseguir destaque na mídia e
na distribuição do filme a partir
do barulho criado on-line.
Se a idéia é factível ou se só
funciona com nomes já estabelecidos, como o Radiohead, é algo a ser visto.
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