São Paulo, terça-feira, 15 de janeiro de 2008

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Internautas escolhem o preço em cinema virtual

DA REPORTAGEM LOCAL

Se os jovens de hoje, à la Raul Seixas, gritam "nós não vamos pagar nada, é tudo free" -como mostra "Steal This Film 2"-, a solução para quem produz conteúdo artístico não passa por censura e perseguição (que o desenvolvimento tecnológico tornou ineficazes), mas pela busca de métodos alternativos.
Ninguém chegou ainda a uma solução definitiva e universal, mas um modelo que está ganhando popularidade é o que permite aos usuários definirem quanto querem pagar (incluindo nada) pelo que baixam.
O caso mais recente é o do www.virtualcineplex.com, site cujo slogan é "assista de graça, pague o que você achar merecido, depois do filme".
O site colocou na rede (para ser visto on-line) seu primeiro filme, "Revoloution", dirigido e interpretado por Bret Carr, com roteiro assinado em parceria com Quinn Redeker (de "O Franco-Atirador") -uma história meio bizarra de um boxeador/comunicador.
Para assistir, basta ao internauta entrar no site e deixar um e-mail, para o qual é enviado o link com acesso ao filme. Posteriormente, é possível doar no próprio site, via cartões de crédito, ou comprar o DVD por US$ 25 (cerca de R$ 44).

Blogueiro e produtor
A proposta do Virtual Cineplex vai além: ele convida blogueiros e "podcasters" a ajudarem na divulgação do filme, ganhando crédito como produtores nos letreiros finais.
Dependendo de quão acessado for o blog ou o podcast, o site se propõe a dividir 20% dos lucros com vendas de DVD. A idéia é driblar os canais normais de publicidade (um dos principais gastos dos estúdios) e conseguir destaque na mídia e na distribuição do filme a partir do barulho criado on-line.
Se a idéia é factível ou se só funciona com nomes já estabelecidos, como o Radiohead, é algo a ser visto.


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