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Crítica
Rifle é centro dramático de "Winchester 73"
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O célebre rifle de "Winchester 73" (TC Cult, 16h50, não
indicado a menores de 12 anos)
não é apenas o eixo dramático
deste belíssimo filme de Anthony Mann. Ele é, sobretudo,
o índice que dá corpo à complexa relação dos protagonistas.
O diretor não está tratando
apenas de algo simples, como o
embate entre o bem e o mal.
Ele parte disso para revolver
outros tipos de sentimentos
que abraçam dois pistoleiros,
um probo (interpretado por
James Stewart) e outro bastante patife (Stephen McNally).
Eles se odeiam e isto nos
chegará por meio de uma disputa, quando o primeiro tem
sua Winchester, obtida num
torneio, roubada pelo outro.
A perseguição para reaver a
arma, por exemplo, será por
motivos outros, envolvendo até
amor e um passado brutal. Um
tanto movediço para nós, e
muito por isso a Winchester, a
de número 73, a grande peça de
motivação do filme, ganha importância áurea.
Uma arma, uma imagem em
suma, que acaba orientando o
labirinto humano.
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