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TV PAGA
Canal afirma que usa a "política" para atingir público familiar nos EUA, Europa, Ásia e América Latina
TNT corta palavrão e sexo dos filmes
DANIELA ROCHA
da Reportagem Local
O canal de TV paga TNT, que
tem programação predominante
de filmes, corta as cenas de sexo e
os palavrões dos longas que exibe.
A justificativa, segundo o diretor-executivo de programação da
TNT para América Latina, Rick
Perez, é ter uma programação para
atingir o público familiar.
O canal exibe, além de filmes
atuais, os clássicos, documentários, jogos e programas especiais
de esportes e variedades.
O problema é que o público consumidor só descobre que a TNT
corta sequências inteiras dos filmes quando os está assistindo.
"Achamos que existe um excesso de palavrões e de cenas de sexo
nos filmes que não deve ser exibido em horário comercial. Cenas de
sexo não alteram o curso da história de um filme. Elas e os palavrões
não são relevantes", afirma.
Segundo ele, quem não fica satisfeito com a programação tem as
opções de ver filmes em outros canais que exibem a versão integral,
como HBO e Cinemax. "Temos
responsabilidade sobre o que exibimos. Consideramos que essa
postura contribui para a maior
aceitação do canal", disse Perez.
Os cortes seguem instrução da
Federal Communication Commission (órgão que regulamenta as telecomunicações, incluindo a programação dos canais de TV, nos
Estados Unidos).
"Seguimos um padrão interno
de programação. Mas também
adotamos as regras, as práticas legais da corporação dos canais norte-americanos, que serve como
modelo não apenas para a TNT
doméstica como para os mais de
35 países que recebem a nossa programação", afirmou Perez.
Além da América Latina, a TNT
também chega à Europa e à Ásia.
Segundo o diretor-presidente da
Turner no Brasil, William Barry,
1,5 milhão de brasileiros recebem
o sinal da TNT em casa e até hoje
não houve reclamação formal dos
cortes em filmes. "Apenas certa
vez um crítico afirmou em um jornal que preferia ver versões integrais dos filmes", disse.
A Folha já recebeu cartas de leitores que reclamam dos cortes em
filmes -uma delas especificava o
filme "Fome de Viver", exibido
pela TNT no dia 17 de agosto passado. Também existem reclamações das dublagens. Nos filmes dublados, há lacunas de silêncio
quando personagens pronunciam
um palavrão. Versões legendadas
ignoram o termo.
Segundo Barry, A TNT brasileira
segue a mesma política da TNT
norte-americana. "Existem outros canais que mostram filmes
com sexo, palavrões e violência.
Não é o nosso estilo. Tentamos
não ultrapassar os limites."
Um filme como "Pulp Fiction"
não integraria a programação da
TNT. "Fazemos uma seleção prévia dos filmes. Esse não entraria."
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