São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

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Crítica

TC Cult exibe filme rancoroso de Chaplin

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Depois de um período nas trevas, o Telecine Cult, já há algum tempo, entrou em franca recuperação e conseguiu acertar a alternância entre filmes mais antigos e mais recentes.
Hoje, como tem acontecido nas últimas semanas, dedica seu horário de 19h45 a Chaplin, a "Um Rei em Nova York". Um filme que se pode chamar de vingativo, ou rancoroso, conforme o gosto.
Feito em 1956, fala de um rei que, após perder o trono, vive no exílio em Nova York e tenta reequilibrar as finanças, já que seu ex-primeiro-ministro roubou-lhe uma fortuna.
Lá, o rei encontra um garoto cujos pais são vítimas das perseguições macarthistas e o acolhe. É o que basta para que uma América terrivelmente inóspita passe a ranger-lhe os dentes. O filme tem muito da experiência do próprio Chaplin, outra vítima da longa lista de barbaridades da Guerra Fria (embora muitos digam que ele deixou os EUA para não pagar impostos e coisa e tal).


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