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Prêmio vai incentivar produção
DA REDAÇÃO
A pesquisa que listou os "dez
mandamentos da programação
de qualidade" é apenas a primeira
fase de um projeto amplo, que será concluído em julho, com a entrega do Prêmio MídiaQ.
Em uma próxima pesquisa, o
instituto MultiFocus irá perguntar a 270 pessoas quais são os programas de TV que elas consideram que cumprem alguns dos
mandamentos e não desrespeitem nenhum deles.
O resultado dessa pesquisa será
divulgado na 4ª Cúpula Mundial
de Mídia para Crianças e Adolescentes, a Rio Summit 2004, evento
que irá reunir no Rio, em abril, especialistas do mundo inteiro.
Lançada em 1995, com edições
já realizadas na Austrália, Inglaterra e Grécia, a "Summit" é considerada o mais importante fórum internacional sobre a qualidade da mídia infanto-juvenil,
novas tecnologias, políticas públicas e acordos legais e comerciais.
Depois, a lista dos programas de
qualidade apontados pela pesquisa irá passar por um corpo de jurados, que irá escolher programas, profissionais, veículos e
anunciantes que merecem receber o Prêmio MídiaQ, em julho. A
premiação será anual.
O Projeto MídiaQ será lançado
hoje, com a apresentação dos dez
mandamentos, em evento no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo,
seguido pelo debate "Mídia de
Qualidade - A Responsabilidade
Social da Mídia nos Valores
Transmitidos para Crianças e Jovens pela Televisão".
O Prêmio MídiaQ será uma forma de incentivar a produção de
conteúdo de qualidade.
"Faltam novelas e documentários para crianças. A TV comercial nunca se interessou em gastar
com essa programação, que elas
limitam ao período da manhã.
São escassos os anunciantes que
se interessam por essa faixa", diz
Beth Carmona, presidente da
TVE (TV educativa) e do Midiativa - Centro Brasileiro de Mídia
para Crianças e Adolescentes,
idealizador do Prêmio MídiaQ.
Carmona, ex-diretora de programação da TV Cultura, onde foi
uma das responsáveis por programas elogiados, como "Castelo Rá-Tim-Bum", afirma que a crise das
TVs públicas, mantidas por governos, está prejudicando a formação de profissionais para programas infanto-juvenis.
"A falta de investimentos na TV
pública impede a formação de
novos profissionais. Hoje, eles
vêm da televisão comercial", diz.
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