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Zimbo Trio festeja seus 44 anos de bossa nova
CARLOS CALADO
COLABORAÇÂO PARA A FOLHA
Se há um grupo musical em
São Paulo que pode festejar o
cinqüentenário da bossa nova
sem correr o risco de soar oportunista, esse é o Zimbo Trio.
O show que os músicos Amilton Godoy (piano), Rubinho
Barsotti (bateria) e Itamar Collaço (baixo) apresentam até
amanhã, no Auditório Ibirapuera, comemora também os
44 anos de atividade ininterrupta do trio, que se completam nesta segunda.
Com uma carreira de sucesso
que se confunde com a história
da bossa nova e da música instrumental brasileira, o grupo já
nasceu com um estilo definido.
"O grande diferencial do
Zimbo Trio, desde o primeiro
disco, foi fazer jazz com temas
brasileiros", diz Godoy, lembrando que depois de gravar
vários álbuns inspirados na
bossa nova, o grupo alargou seu
repertório criando arranjos
instrumentais para obras de
grandes autores da MPB, como
Chico Buarque, Edu Lobo e
Milton Nascimento.
Fiel a seu conceito original, o
trio se estabeleceu numa época
em que defensores das "raízes
brasileiras" e adeptos do jazz e
da bossa nova viviam polemizando. "Às vezes alguns jazzistas brasileiros até reclamavam
que o Zimbo improvisava pouco, que deveria tocar mais jazz",
relembra Godoy, rindo.
Nos shows de hoje e amanhã,
o trio exibe suas versões de vários clássicos da bossa nova e da
MPB. Com participações do
bandolinista Danilo Brito e da
cantora Fabiana Cozza, eles tocam faixas de "Zimbo Trio ao
Vivo" (2006), seu álbum mais
recente.
O grupo festeja também os
35 anos do Clam, seu pioneiro
centro de ensino de música popular, dividindo o palco com alguns de seus alunos mais promissores.
ZIMBO TRIO
Quando: hoje, às 21h; dom., às 18h
Onde: Auditório Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2, pq. Ibirapuera, tel. 0/xx/11/5908-4299
Quanto: R$ 30
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