DA REPORTAGEM LOCAL

Há três anos, a direção do presídio feminino Talavera Bruce, em Bangu, zona oeste do Rio, encontrou uma maneira de aumentar a auto-estima das 332 detentas e entretê-las: o concurso "Miss Penitenciária".
Logo a iniciativa foi copiada por prisões de outros Estados. O documentário "Miss Penitenciária", que o GNT exibe amanhã à noite, acompanha os preparativos para a terceira edição do concurso, em setembro de 2006. Estão lá as provas de roupa, as intrigas de bastidores ("Tá tendo "compração" de voto", dispara a certa altura Aline, 23, a mais espirituosa das 12 finalistas) e a tensão crescente à medida que a data de cruzar a passarela se aproxima.
Depoimentos das concorrentes sobre como foram parar ali (por tráfico de drogas, homicídio, roubo) e suas aspirações para a vida pós-cadeia (uma quer ser rapper, a outra sonha em sair na "Playboy") costuram as imagens da contagem regressiva para o desfile.
Ao longo do documentário, a história da segunda miss penitenciária, Ana Paula (já em liberdade), serve de contraponto ao relato das ex-companheiras.
Com a coroa na cabeça, ela achou que faria decolar a carreira de modelo-fotográfica. Mas, no meio do caminho, diz Ana Paula, havia um agente malicioso. Se serve de alento, foi convidada a integrar o júri que apontou sua sucessora. (LUCAS NEVES)

MISS PENITENCIÁRIA
Quando: amanhã, às 21h
Onde: no GNT

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