São Paulo, sábado, 15 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES - INÁCIO ARAUJO

AMOR DAQUELE JEITO
Rede TV!, 13h45.    (A New Kind of Love). EUA, 1963. 110 min. Direção: Melville Shavelson. Com Paul Newman, Joanne Woodward. Uma jornalista e uma desenhista de moda apaixonam-se em Paris. Não sem que antes aconteçam umas tantas confusões, já que estamos numa comédia romântica. Bom elenco, mas Shavelson é um diretor chocho.

O MENINÃO
Rede TV!, 15h30.     (You're Never Too Young). EUA, 1955, 102 min. Direção: Norman Taurog. Com Jerry Lewis, Dean Martin, Diana Lynn. Jerry é o barbeiro que se vê com um diamante roubado, tendo de fugir do ladrão e de se disfarçar de um garoto de 12 anos. Numa escola de garotas, porém. Roteiro de Sidney Sheldon, o que não deixa de ser uma atração lateral.

SÓ VOCÊ
Bandeirantes, 20h.    (Only You). EUA, 1994, 108 min. Direção: Norman Jewison. Com Marisa Tomei, Robert Downey Jr., Joaquim de Almeida. Tomei é a moça a quem uma vidente disse, na infância, o nome daquele que seria o amor de sua vida. Ela cresce e vai à luta nessa comédia romântica OK.

SONHOS DE HORROR
Rede TV!, 22h15.   (Nightwish). EUA, 1989, 92 min. Direção: Bruce Cook. Com Clayton Rohner, Jack Starrett. Professor faz experiências parapsicológicas com seus alunos, que são levados a vivenciar a própria morte.

A COMPADECIDA
Cultura, 22h30.     Brasil, 1969, 104 min. Direção: George Jonas. Com Regina Duarte, Armando Bógus, Antônio Fagundes, Ari Toledo. Adaptação da peça de Ariano Suassuna, ambientada no Nordeste, na qual dois malandros vivem de passar a perna nos incautos. Sua vida é uma parte das coisas. Sua morte e o Juízo Final, no qual a defesa fica por conta da Compadecida (Duarte), é a outra parte. Na época, um filme digno, bem cuidado, com fotografia caprichada de Rudolf Icsey.

A MÁQUINA MORTAL
Record, 23h.   (The Killing Machine). EUA, 1994, 95 min. Direção: David Mitchell. Com Jeff Wincott, Michael Ironside, Terri Hawkes. Pesquisadora descobre que o vírus da Aids foi fabricado pelo governo. Pior, passa a informação a um jornalista. E depois, pernas para que te quero, amigo, que o governo não vai aceitar essa história assim na boa (nem nós).

BALA NA CABEÇA
Bandeirantes, 23h.       (Bullet in the Head). Hong Kong, 1990, 143 min. Direção: John Woo. Com Tony Leung, Jacky Cheung, Wayse Lee. Para escapar de problemas com a Máfia de Hong Kong, três amigos fogem para o Vietnã. Não é uma boa idéia: estamos em 1967, a guerra e seus horrores são múltiplos, escapar vivo é um problema, intacto, impossível. Um dos melhores Woo de sua fase de Hong Kong.

PAIXÃO BANDIDA
Globo, 23h10.   (Feeling Minnesota). EUA, 1996, 96 min. Direção: Steven Baigleman. Com Keanu Reeves, Cameron Diaz, Vincent D'Onofrio, Dan Aykroyd. Irmão torna ao lar após vinte anos de ausência, para assistir ao casamento do irmão. Não há surpresa: ele se apaixona pela noiva, a noiva se apaixona por ele. Fogem e tal. Destaque para o elenco. Referências atrozes. Inédito.

RABUGENTOS E MENTIROSOS
Globo, 1h.    (I'm Not Rappaport). EUA, 1996, 135 min. Direção: Herb Gardner. Com Walter Matthau, Ossie Davis, Amy Irving. Adaptação de peça do próprio Herb Gardner, a respeito de dois octogenários, o irascível e fantasioso judeu Nat e o negro e realista Midge. Inédito.

INSTINTO ANIMAL 2
Bandeirantes, 1h.   (Animal Instincts). EUA, 1994, 91 min. Direção: Gregory Hippolyte. Com Shannon Whirry, Woody Brown. Segundo exemplar de série sobre especialista em sistemas de segurança que, em vez de cuidar da segurança dos outros, bisbilhotando a vida dos outros.

INVASORES DE CORPOS
Globo, 3h20.    (Body Snatchers). EUA, 1993, 87 min. Direção: Abel Ferrara. Com Gabrielle Anwar, Meg Tilly. Soberbo "remake" de "Vampiro de Almas", que Don Siegel filmara nos anos 50. Ferrara moderniza o argumento (invasão sub-reptícia de alienígenas) e o torna mais terrível.

TV PAGA
A ironia, a imperfeição, o espelho

da Redação

Quem sentir certo enfado em determinados momentos de "Tudo que o Céu Permite" (Telecine 5, 22h) estará com a razão.
A história da viúva que se apaixona pelo jardineiro não é propriamente ultrapassada. É uma dessas em que Douglas Sirk tirava mesmo ouro de pedra.
Vale a pena aguentar um pouco, nos momentos mortos: as grandes cenas virão. E serão menos dilacerantes para os personagens do que para nós, espectadores.
Pois Sirk concebia o cinema como um espelho. E, em vez do espectador se identificar ao herói, pode muito bem se identificar com os vilões. Porque esse filme irônico não é nada complacente com nossa humana imperfeição. (IA)


Texto Anterior: Astrologia - Barbara Abramo: Porta-fólio
Próximo Texto: José Simão: Buemba! Eu vou botar silicone no saco!
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.