|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mylo reconstrói disco em clima roqueiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Nome que destruiu o rock and
roll e fincou alicerces na música
eletrônica no ano passado, o escocês Mylo apresenta amanhã, no
palco principal do Skol Beats, seu
disco "Destroy Rock and Roll" em
versão... rock.
Lançado na Europa em maio de
2004, o álbum foi produzido por
Myles MacInnes com a ajuda de
softwares e de uma guitarra. Em
São Paulo, traz uma banda: ele e
dois músicos.
"Para o show, temos vários instrumentos. É estranho porque, na
produção do disco, toquei alguma
guitarra e fiz tudo no computador", disse à Folha anteontem,
num hotel em São Paulo. "Para o
show, chamei dois amigos e reprogramamos totalmente as músicas, com guitarras ao vivo, teclados... No mês que vem, meu irmão, que é baterista, se juntará à
banda. Seremos um quarteto."
Autor do megahit "Drop the
Pressure", Mylo diz que já tem
preparadas 150 músicas para um
novo álbum -isso desde que começou a produzir, em 2001.
"No segundo disco, provavelmente vou usar algumas delas. É
estranho porque este álbum vem
fazendo sucesso em lugares inesperados. No Reino Unido já vendeu 150 mil cópias, estamos negociando o lançamento nos Estados
Unidos. Ainda está meio lento. A
gravadora quer que eu fique promovendo o disco por alguns meses ainda, então estou sem tempo
para pensar no próximo álbum."
E ele sabe que, neste segundo
CD, que deve vir no ano que vem,
a recepção calorosa que recebeu
não deve se repetir. "Sei que foram muito legais comigo porque
este é meu primeiro disco, lançado de forma independente. No segundo álbum, provavelmente serão mais duros, mais críticos. Mas
só lançarei esse disco quando ele
estiver pronto, bom o suficiente
para chegar às lojas."
Mylo às vezes atua como DJ,
discotecando em clubes europeus. É, também, um concorrido
remixer, tendo mexido em canções de Kylie Minogue, Annie,
Moby e The Killers. É um espectro
variado, assim como a própria
música do escocês.
"Apenas queria fazer um disco
que fosse ouvido, não pensei se
iria atingir determinado público
de dance ou de rock. Nunca entendi essas subdivisões da dance
music, como deep house, tech-house... Não entendo essas categorizações. É um disco acessível,
divertido, que não se leva a sério."
Nega comparação com Moby,
que, com um disco feito em casa
["Play"; 1999], vendeu mais de 10
milhões de cópias. "Quero fazer
sucesso, ser ouvido pelo máximo
de pessoas possível. Moby ganhou muito dinheiro, claro, mas o
sucesso daquele disco ["Play'] foi
como um final de carreira, pois
nunca conseguirá se equiparar."
Sobre o show, diz que, após um
período "caótico", vem conseguindo passar para o palco o que
construiu no estúdio. "No começo era difícil, fizemos vários
shows ruins, os computadores
caíam quando alguém pulava...
Mas arrumamos equipamentos
certos, temos um engenheiro de
som competente. É mais rock do
que no disco", conta.
(TN)
Texto Anterior: High Contrast é estranho no ninho do d'n'b Próximo Texto: Rádio britânica transmitirá ao vivo Índice
|