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Crítica
Longas encaram guerra como lugar de heroísmo
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Como estamos numa semana em que a Segunda Guerra estará em foco por conta de "A Conquista da Honra" (amanhã e domingo no HBO), talvez seja o caso de começar por esse tempo em que a guerra era descrita como um lugar, antes de mais nada, de heroísmo.
Estávamos em 1949, quando Allan Dwan dirigiu "Iwo Jima, Portal da Glória" (TC Cult, 16h05) e William Wellman, "O Preço da Glória" (TCM, 17h25). No primeiro, um batalhão enfrenta as durezas do treinamento, sem imaginar que elas são água de rosas perto do que virá. O segundo foca um batalhão em conflito com os alemães.
Ainda não tinha existido o Vietnã. A guerra parecia inevitável e necessária. Aliás, pela datação, observa-se que os dois filmes são feitos entre a Segunda Guerra e a Guerra da Coréia, mas já em plena Guerra Fria.
O cinema é uma arte. Também é um comércio. É, ainda, um profundo mobilizador de mentes, o que faz dele uma questão de Estado (ao menos de Estados espertos).
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