São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2011

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Última Moda

VIVIAN WHITEMAN - ultima.moda@grupofolha.com.br

Colorido estelar

HERDEIRA DA GRIFE ITALIANA PUCCI VEM A SÃO PAULO PARA FESTA E MOSTRA DE VESTIDOS CRIADOS PARA CELEBRIDADES

Laudomia Pucci, 49, herdeira e diretora de imagem da grife Emilio Pucci -nome de seu pai, estilista e fundador da marca- veio a São Paulo na última quarta para a festa oficial de lançamento da primeira loja da grife no país, que fica no shopping de luxo Cidade Jardim.
O espaço foi aberto no final do ano passado, mas só agora Laudomia pôde viajar para fazer as honras da casa.
A herdeira organizou uma mostra de vestidos desenhados pelo norueguês Peter Dundas, atual estilista da marca. As peças foram usadas por celebridades como Kylie Minogue, Hale Berry e Eva Longoria e ficarão no térreo do shopping até dia 23.
"Meu pai foi um revolucionário, fez com que a mulher não tivesse medo de brilhar. A mistura das cores [em específico, os azuis] e a seda são referências até hoje", diz Laudomia.
A paixão pelo colorido e pelas estampas, aliada a uma insatisfação com a rigidez fashion que assolava o fim dos anos 1940, conquistou mulheres como Marylin Monroe e Jacqueline Kennedy. "Todas queriam a sensação de serem livres e sexies", afirma Laudomia Pucci.
Esses momentos e imagens históricas estão registrados no livro "Pucci" (Taschen, 2010), que a herdeira autografou durante a festa na loja paulistana.
Organizado pela editora de moda do jornal "Financial Times", Vanessa Friedman, a publicação custa cerca de R$ 700.

PULO DO GATO
A vinda de Laudomia ao Brasil segue a tendência das marcas estrangeiras de buscar mercados emergentes.
Desde 2000, 67% da Pucci são controlados pelo grupo francês LVMH, detentor de diversas marcas de luxo. "Não podíamos morrer com meu pai [em 1992]. Tínhamos que evoluir", diz Laudomia.
A evolução fez a grife trocar de estilista três vezes nos últimos 11 anos. Antes de Dundas, até 2008 o inglês Mattew Williamson comandou a criação, e o francês Christian Lacroix, até 2005.
"Nunca tivemos problemas com nossos estilistas. Eles saíram para cuidar de suas próprias marcas. Não tenho do que reclamar".

POLÊMICA




Croqui da controversa coleção lançada pela grife modernete AMP, intitulada Soft Porn (pornô leve).
Composta por quatro camisetas, a linha traz estampadas fotos de mulheres seminuas.
Acima, estampa com sigla que, se lida em francês, significa "Ela tem fogo no rabo", usada por Marcel Duchamp em sua reprodução da "MonaLisa".
As peças são vendidas por R$99 cada uma no site loja.amulherdopadre.com.br

FOLHA.com

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TUITADAS

@georgiatriallaw The Shoe Show Gets Ugly -- Louboutin Sues Yves St. Laurent Over Red Soles On Shoes http://lnkd.in/T6q4aT. (O show dos sapatos fica "feio"- Louboutin processa Yves Saint Laurent por colocar solas vermelhas em sapatos)
O advogado e tuiteiro comenta o processo que a grife está movendo contra a YSL, por ter lançado sapatos com sola vermelha, marca de estilo da Louboutin. Os sapatos da coleção de verão da YSL têm solas em várias cores diferentes, combinando com o tom do modelo

@marketingweb Christian Louboutin quer dominar a terra das solas vermelhas! Agora, a guerra é com a Carmen Steffens.. - http://bit.ly/i9MeQo
O site de marketing fala da marca brasileira Carmen Steffens, que também está sendo processada pela Louboutin pelo mesmo motivo. A grife se defendeu dizendo que usa a cor em solas desde os anos 90 e que o vermelho não é idêntico ao da Louboutin

ENTREVISTA

Pedro Lourenço cria linha popular só para homens

O estilista Pedro Lourenço, filhos do casal de designers Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço, desfila na semana de moda de Paris e é tido como uma das grandes promessas da moda mundial.
No dia 24 de maio ele deixará de lado o circuito do prêt-à-porter de luxo para lançar uma coleção masculina (em Paris, ele desfila apenas peças femininas) encomendada pela rede de fast fashion Riachuelo.
As 60 peças, inspiradas na alfaiataria clássica, custarão entre R$40 e R$200, e serão vendidas em todas as lojas da rede no país. Pedro falou à Folha sobre a parceria:

 


Folha - As roupas de sua grife pessoal são feitas com materiais caros e sofisticados. Como foi adaptar isso para os padrões de uma coleção popular?
Trabalhei com tricoline, algodão e couro falso. Mas, sabe, fiquei surpreso com a boa qualidade dos tecidos que me oferereceram.

Teve liberdade de criação?
Para uma coleção popular, não dá pra pirar, pois as peças têm de atingir o maior público possível. Fiz calças sem lavagem, camisas com gola pequena, superblazeres. Simples e com belos cortes.

O que você veste?
Pesquiso tecidos tecnológicos, desenho uma roupa, dou para meu modelista e pronto. Só uso roupas criadas por mim.

com PEDRO DINIZ


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