São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007

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Cannes, 60

Festival francês, aberto amanhã, celebra sua 60ª edição com um filme criado por 35 diretores, entre eles Walter Salles

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

O Festival de Cannes abre amanhã sua 60ª edição, evitando o tom de auto-homenagem, ao menos no discurso.
"De nossa parte, nada de comemoração e autocelebração. Precisamos cuidar de modernizar o festival pouco a pouco e adaptá-lo ao seu futuro", disse o presidente do festival, Gilles Jacob, ao anunciar os 22 filmes em competição pela Palma de Ouro, entre os quais não há brasileiros. Foram avaliados 1.615 longas, de 95 países, segundo os organizadores.
Se não quis autocelebrar-se abertamente, o Festival de Cannes preparou para si ao menos um presente. Um grupo de 35 cineastas (referência à bitola de 35 mm, ameaçada de superação pela tecnologia digital) foi convidado a fazer o filme coletivo "A Chacun Son Cinéma" (a cada um o seu cinema), que será exibido na "noite de aniversário", o próximo domingo.
Os 35 diretores, incluindo o brasileiro Walter Salles, são esperados para subir as escadarias do Teatro Lumière, no Palácio dos Festivais, ao encontro de Jacob e sua equipe, na sessão comemorativa.
Será a maneira de o presidente do Festival de Cannes "trabalhar pela defesa de certa idéia orgulhosa do cinema". Será também um desfile de celebridades cinematográficas, numa atmosfera de luxo e glamour, faceta que Cannes cultiva e irá explorar não só nessa noite.
Os convidados desta edição de aniversário são tão famosos e díspares como Martin Scorsese e Bono (U2), Manoel de Oliveira e Quentin Tarantino, Jerry Seinfeld e Michael Moore, Wim Wenders e Roman Polanski, Angelina Jolie e Natalie Portman, George Clooney e Javier Bardem.
O diretor-artístico do festival, Thierry Frémaux, evitou comentar, em entrevista à Folha, a ausência de filmes brasileiros na competição.
Mas Frémaux afirmou que o Brasil -que já competiu diversas vezes em Cannes e venceu uma única, com "O Pagador de Promessas" (1962)- voltará ao festival. "Prometi isso ao [ministro da Cultura] Gilberto Gil", diz.


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