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Mike Ladd mostra seu rap poético em São Paulo
BRUNA BITTENCOURT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como o nome sugere, o Colaboratório é um projeto voltado
à experimentação a partir de
parcerias, um laboratório de
colaborações, que já juntou o
rapper High Priest, do Antipop
Consortium, com membros da
Nação Zumbi, do Hurtmold e
do Mamelo Sound System.
Em sua segunda investida, o
festival convidou o rapper americano Mike Ladd a tocar com o
quarteto instrumental São
Paulo Underground e MCs do
Mamelo Sound System, hoje e
amanhã, em São Paulo.
Ladd colhe elogios da crítica,
em trabalho que mescla psicodelia e free jazz. "Mudo muito
de direção e experimento vários estilos. Minha música nem
sempre é fácil de ouvir", diz à
Folha. O rapper ficou conhecido com álbuns como "Welcome
to the Afterfuture" (2000) ou
assumindo a alcunha de Magesticons e Infesticons em discos conceituais. Seu último álbum, "Father Divine", tem participações de Priest, Jaleel
Bunton (TV on the Radio) e do
pianista de jazz Vijay Iyer.
Ex-estudante de literatura
inglesa, Ladd teve poesias publicadas antes de se consolidar
como MC. "Uma boa letra de
rap é, sem dúvida, poesia", diz.
Antes de se mudar para Paris,
nos anos 90, conheceu em Nova York membros da Nação.
"Desde lá, acompanho o que
acontece na música brasileira.
Scotty Hard [produtor que trabalhou com o grupo recifense]
me mantém conectado, e encontrei recentemente [o cornetista Rob] Mazurek em Paris, o
que me ajudou a ir ao Brasil."
Mazurek, do São Paulo Underground, é um dos músicos
que dividirão com Ladd o palco
do Sesc Santana, em show amparado em instrumentos percussivos e recursos eletrônicos.
COLABORATÓRIO
Quando: hoje e amanhã, às 21h
Onde: Sesc Santana - teatro (av. Luiz
Dumont Villares, 579, tel. 0/xx/11/
2971-8700; classificação: 16 anos)
Quanto: de R$ 2,50 a R$ 10
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