São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Capovilla deixa para trás lente do engajamento

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O paulista Maurice Capovilla (de "O Profeta da Fome") já foi um diretor de cinema mais sério. Depois sumiu por vários anos. Voltou à ativa em 2003 com "Harmada" (Canal Brasil, 20h), mais relaxado, como se os antigos compromissos assumidos com a realidade social já não mais o atormentassem.
Não que estejamos diante de um filme irresponsável, não é isso. Estamos diante de um filme e de um personagem meio perdidos diante do mundo, mas, por isso mesmo, abertos ao que der e vier, vivendo nesta estranha cidade que tem por nome Harmada.
"Harmada" é um filme de Capovilla para Paulo César Pereio -que impõe sua personalidade sem sufocar o conjunto do filme. A luz de Mário Carneiro é de uma beleza impressionante, mas também não desequilibra o conjunto.
No mesmo canal, às 22h40, um clássico que, tendo fracassado a seu tempo, agora tem tudo para ser recuperado: "O Pornógrafo", dirigido por João Callegaro em 1970. A esse, sim, será preciso voltar.


Texto Anterior: "Reality show": Golpe em cassino trapaceia com público
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.