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Bilheteria americana tem queda na alta temporada
Remakes e sequências de filmes consagrados dão sinal de cansaço
Estreia de "Karate Kid" dá fôlego para as salas e gera alívio na indústria, preocupada com curva descendente de público
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Em meio à preocupação
com o fracasso de sequências
e remakes que derrubaram a
arrecadação dos cinemas
americanos, um filme inspirado nos anos 80 devolveu
neste fim de semana o ânimo
às bilheterias dos EUA.
"Karate Kid" arrecadou
US$ 56 milhões nos três primeiros dias de exibição, resultado acima das expectativas. No Brasil, o longa tem
estreia prevista para 27/8.
O orçamento do filme, baseado em original de 1984, é
de US$ 40 milhões. Ele tirou
"Shrek Para Sempre" da liderança e superou outra grande
estreia, "Esquadrão Classe
A", que ficou em segundo lugar (US$ 26 milhões).
A alta temporada dos cinemas americanos, que começou há seis semanas e vai até
o início de setembro -e é responsável por 40% da renda
anual com ingressos-, vinha sofrendo com os resultados das bilheterias.
Após uma série de decepções com longas de grande
orçamento, "Karate Kid" foi
considerada a primeira surpresa do verão.
A produção estrelada por
Jaden Smith, filho do campeão de bilheterias Will
Smith, fez com que o último
fim de semana tivesse arrecadação 11% superior a igual
período de 2009, segundo o
site hollywood.com.
Mesmo assim, a receita da
temporada, do início de maio
até agora, caiu 6,4% em relação a 2009. Especialistas dizem que o desempenho de
"Toy Story 3", que estreia na
próxima sexta, deverá provar
que o "ciclo de queda" chegou realmente ao fim.
Entre os filmes de desempenho considerado ruim estão "Sex and the City 2",
"Shrek", "Robin Hood" e "O
Príncipe da Pérsia".
A principal razão para os
fracassos é o "puro desinteresse do público", afirmou
Paul Dergarabedian, da
hollywood.com, ao "Wall
Street Journal".
JUSTIFICATIVAS
Para o analista, nenhum
filme desta temporada foi tão
bem-sucedido em atrair o público como ocorreu em 2009
com "Se Beber, Não Case" ou
"Up - Altas Aventuras".
Além do desinteresse, os
ingressos caros e a falta de
opções em 3D estão entre os
possíveis motivos para a queda nos EUA, que não deve se
repetir na bilheteria internacional.
Para Valmir Fernandes,
presidente internacional da
rede Cinemark, isso acontece
porque cada país recebe um
produto de maneira diferente. "Espera-se que "Shrek", tenha resultado excelente nos
países latinos", diz.
"Os grandes produtos na
América Latina são as animações e filmes de super-herói.
[A crise] é pontual, nem tudo
vai se refletir no Brasil", diz
Fernandes. "Hoje, na América Latina,a questão é entender como os produtos irão se
comportar com a Copa do
Mundo. E esse não é um problema para os EUA."
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