São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 2008

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crítica

CSS busca novos estilos, mas ainda gosta de festa

DA REPORTAGEM LOCAL

Por mais que "Donkey" tenha letras áridas, que a banda esteja mais rock que electro, o novo CD é exatamente como o antecessor: recheado por faixas deliciosas e por bobagens dispensáveis. E, como no antecessor, há (bem) mais faixas deliciosas que bobagens dispensáveis.
Primeiro, as bobagens. "How I Became Paranoid". Guitarra tão anos 90, sintetizador tão synth-pop dos 80... Tudo o que havia de errado nessas décadas.
"Believe Achieve" é meio... débil e "Rat Is Dead (Rage)", desnecessariamente roqueira. E não importa que as letras não estejam mais tão ensolaradas. Porque, por mais que Lovefoxxx cante que não esquecerá as mentiras que contavam a ela (em "Left Behind", hit poderoso), sua voz não engana que ela gosta é de festa -na mesma faixa, avisa que subirá na mesa e dançará até morrer.
As guitarras estão acentuadas, mas apenas dão o contorno das canções, nunca preenchem todos os espaços. "Jager Yoga", "Give up" e "Air Panter" trazem bons riffs, mas é a voz de Lovefoxxx que lidera a melodia e os bons refrãos.
Uma faixa destoa do clima rock-pop-electro: "Reggae All Night (Jamaican Flag)", que evoca sentimentos caribenhos. É o CSS passeando por novos caminhos. Já "Move" é a mais dançante: sintetizadores lembram que o CSS é, afinal de contas, uma "party band". (TN)


DONKEY
Artista: CSS
Gravadora: Sub Pop/Trama
Quanto: gratuito, em www.albumvirtual.trama.com.br (a partir de 25/7)
Avaliação: ótimo



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