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FOTOGRAFIA
Evento que começa amanhã apresenta 34 mostras, 20 workshops, debates, feira de livros e ciclo de cinema
Bienal de Curitiba foca novas tendências
ANA MARIA GUARIGLIA
free-lance para a Folha
Começa amanhã a 2ª Bienal de
Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba, que apresentará,
até o dia 23 de agosto, 34 mostras,
20 workshops, além de debates,
feira de livros e um ciclo de cinema.
Uma das atrações é a mostra coletiva que, segundo Orlando Azevedo, curador do evento, traz um
panorama das novas tendências
fotográficas, com a participação
de 20 fotógrafos selecionados e 30
convidados, entre eles Bob Wolfenson, Lilia Kawakami, Penna
Prearo e Thomaz Farkas.
Os trabalhos foram adquiridos
pela Fundação Cultural de Curitiba, uma das promotoras da Bienal, e a mostra será inaugurada
amanhã, no Solar do Barão transformado no Museu de Fotografia.
"Yanomamis" é o tema da exposição da fotógrafa Claudia Andujar, mostrando cenas de uma aldeia de índios ianomâmi.
Na Biblioteca Pública de Curitiba, será apresentada a mostra de
Antônio Gaudério, repórter fotográfico da Folha, com 14 fotos sobre o trabalho de meninos garimpeiros de 5 a 12 anos, em Bom Futuro, na Amazônia.
"A Dor" trará trabalhos da curitibana Vilma Slomp, que também lançará o livro com o mesmo
nome. As imagens de plantas, frutos e flores mostram alegria do
existir e a dor pela ação do tempo.
Lalo de Almeida, repórter fotográfico da Folha, apresentará na
Bienal a exposição "O Homem e a
Terra", sobre os costumes dos vaqueiros do norte e do sul do país.
O projeto recebeu uma bolsa da 1ª
Bienal, em 1996.
Evandro Teixeira resgatou um
pouco da história brasileira com
os 80 registros sobre a Guerra dos
Canudos, retratando também a
trajetória de Antônio Conselheiro.
O paulista German Lorca expõe
no Museu de Arte Paranaense 30
imagens, que fazem parte da retrospetiva de sua carreira.
O fotógrafo foi um dos participantes do Foto Cine Clube Bandeirante, fundado no final da década
de 30, em São Paulo, e que mudou
as feições fotográficas do país.
Ao apresentar workshops e mostrar um painel sobre a arte e a técnica fotográficas no país, a Bienal
tornou-se um dos eventos mais
importantes da América Latina.
Azevedo acredita que, neste ano,
o evento deverá receber cerca de
450 mil pessoas, devido à política
de fortalecimento no intercâmbio
cultural dos países do Mercosul.
O historiador Boris Kossoy fará
uma retrospectiva de trabalhos na
mostra "Mundos Paralelos",
além de participar dos debates sobre a fotografia na América Latina, com a participação da historiadora suíça Erika Billeter e de Patrícia Mendoza, fundadora do Centro de la Imagen del Mexico.
Evento: 2ª Bienal Internacional de
Fotografia Cidade de Curitiba
Mais informações: Fundação Cultural de
Curitiba (tel. 041/322-1525, ramais 2373 e
2378)
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