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música
"Sou um cavalo velho", diz Bon Jovi
Prestes a vir ao Brasil, músico inveja vitalidade de Mick Jagger e diz que "as coisas estão começando a quebrar"
Após se machucar no palco em julho, ele diz que tentará ficar inteiro para show no país, cujo ingresso admite ser caro
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
O Bon Jovi que o Brasil verá em outubro é o "auge" da
banda, apesar de o vocalista
se sentir "velho demais".
"Sou como um cavalo velho que você coloca no campo e atira. Não sei como o
Mick Jagger faz essa porcaria.
Ele é 20 anos mais velho do
que eu!".
Aos 48, Jon Bon Jovi admite que o grupo teve "altos e
baixos" em seus mais de 25
anos de existência.
A turnê de "The Circle",
que será seguida pelo lançamento da compilação "Greatest Hits", em novembro, "é o
mais alto de todos".
"Estamos num ponto loucamente bom, não podia ser
melhor. Temos toda a experiência e ainda a exuberância
-não dá para dizer juventude- para nos empolgarmos
com uma turnê", disse à Folha, em um hotel de NY.
O problema, afirma, é que
"as coisas estão começando
a romper e quebrar".
Em julho, Jon Bon Jovi machucou a panturrilha durante apresentação em Nova Jersey e saiu do palco sem conseguir andar.
Melhorou? "A perna está
bem, mas agora eu quebrei o
dedo do pé", ri.
Ele chutou o sofá ao levantar "para pegar uma porcaria
para comer. Caí direto no
chão". "Vou tentar não me
machucar até lá", diz, sobre
os shows no Rio e em SP.
As apresentações marcam
a volta da banda ao país
após um intervalo de 15
anos, "por uma série de razões, a economia sendo uma
delas -a do Brasil inclusive,
com seus altos e baixos, não
permitia que voltássemos".
Se em 1995 os ingressos
não passavam de R$ 50, hoje
eles partem de R$ 160 (em
SP) e chegam a R$ 600 (nas
duas cidades).
"Sério? Uau. É um ingresso caro, mesmo em dólares.
Sinto muito por ouvir isso."
Apesar de pedir desculpas
pelo preço da entrada, o cantor promete "muitos hits e
uma grande produção, com
15 anos de músicas que [os
brasileiros] nunca ouviram
ao vivo".
E, se serve de consolo, essa não deve ser a última passagem do grupo pelo Brasil,
a depender dos planos do
músico. Ele vê a banda seguindo os passos dos Rolling
Stones, na ativa desde o ano
em que Jon Bon Jovi nasceu.
"Já superamos o momento
de nos separar."
O único ponto da carreira
que o cantor não quer repetir
é a incursão no cinema
hollywoodiano.
Depois de mais de dez
anos de tentativas, "chegou
um ponto em que eu estava
passando vergonha".
"O tipo de filme que eu estava fazendo era uma porcaria. Tive que dizer "vamos lá,
tenha alguma dignidade'!"
"Aquele filme de vampiro
["Vampiros - Os Mortos",
2002] e aquele de hockey
["Pucked", 2006] eram horríveis. Boas experiências, mas
horríveis. Não quero ser associado a merda."
BON JOVI - THE CIRCLE TOUR
ONDE Estádio do Morumbi (Praça
Roberto Gomes Pedrosa, nº 1; tel.
0/xx/11/2846-6232)
QUANDO 6 de outubro
QUANTO de R$ 160 a R$ 600
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