São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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Versão estreita laços da peça com Nelson Rodrigues

DE SÃO PAULO

A sintonia entre "Álbum de Família" (1945) e "Crônica da Casa Assassinada" (1959) se dá pela temática -dos desejos incestuosos de uma família- e pelo local onde Nelson Rodrigues e Lúcio Cardoso situam as obras: Minas Gerais.
A versão teatral de "Crônica da Casa Assassinada" torna ainda mais estreito o diálogo entre as duas obras. "Procurei me aproximar de Nelson, criando diálogos que são também duelos verbais", afirma Dib Carneiro Neto, autor da adaptação.
Para Gabriel Villela, as similaridades temáticas se organizam de maneiras distintas em Nelson e Lúcio. "No primeiro, a trama se apresenta mais como evocação. O romance, além de psicológico, é físico, carnal", avalia.
Villela escancara a diferença na primeira cena, ao retratar um incesto. Mãe e filho fazem sexo diante do público, misturando lágrimas com gozo, pecado com prazer. Por conta do conteúdo subversivo, a montagem de Villela causou protestos durante a temporada carioca.
(GM)



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