São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2004

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FILMES

Xuxa Requebra
Globo, 15h30.
 
Brasil, 1999. Direção: Tizuka Yamasaki. Com Xuxa, Daniel, Elke Maravilha. Xuxa ajuda sua antiga escola de dança, para que não seja vendida a traficantes.

Super-Homem
SBT, 22h30.
  
(Superman). EUA, 1978. Direção: Richard Donner. Com Christopher Reeve, Margot Kidder, Gene Hackman, Marlon Brando. A origem de Super-Homem e sua vinda à Terra. Não é um grande filme, é apenas diversão. É também uma homenagem ao recém-finado Christopher Reeve.

Intercine
Globo, 1h40.

A comédia "Politicamente Incorreto" (1998, de Warren Beatty) disputa com o terror "Um Drink no Inferno 2" (1999, de Scott Spiegel) o direito de passar hoje.

O Jogador
Bandeirantes, 1h45.
    
(The Player). EUA, 1992, 123 min. Direção: Robert Altman. Com Tim Robbins. Radiografia cruel da indústria cinematográfica, a partir das atividades de um executivo de estúdio. Nenhum escrúpulo à vista, no filme que relançou a carreira do escrupuloso Altman.

O Computador de Tênis
SBT, 3h.
  
(The Computer Wore Tennis Shoes). EUA, 1969, 91 min. Direção: Robert Butler. Com Richard Balalkyan. Ao tentar reparar um computador, aluno leva uma tremenda descarga, graças à qual absorve todos os conhecimentos contidos na memória do dito cujo.

Pânico na Multidão
Globo, 3h35.
  
(Two-Minute Warning). EUA, 1979, 145 min. Direção: Larry Pearce. Com John Cassavetes. Gangue realiza assalto a museu no instante em que se realiza jogo de futebol americano. (IA)

O mistério das séries

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Fala-se muito do hábito que tinha Howard Hawks de refazer seus próprios filmes. Seria o caso de "A Canção Prometida" (Telecine Classic, 18h55), versão musical de "Bola de Fogo" de 1948.
Mas talvez fosse o caso de incluir Hawks na categoria de cineastas que gostam de filmar séries, com pequenas porém decisivas mudanças entre cada versão.
Não se trata de refazer o mesmo, nessa hipótese, mas de retomar o mesmo tema e explorar suas possibilidades. O mesmo procedimento se dá, aliás, no interior dos próprios filmes.
Outros diretores que utilizam o mesmo procedimento: Ozu, no Japão, e Abbas Kiarostami, no Irã (como mostra Jean-Claude Bernadet). São cineastas em que a ambigüidade do mundo se manifesta plenamente. Mas, e depois?

ESPECIAL

Documentário faz retrato do titã Zavattini

ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE DOMINGO

Um documentário sobre Cesare Zavattini, realizado pelo diretor Carlo Lizzani, com depoimentos de Marco Bellocchio, Bernardo Bertolucci e Roberto Benigni, é algo que não se pode dispensar.
"Cesare Zavattini" será exibido hoje no Eurochannel. É um breve, mas interessante retrato deste titã da cultura italiana no pós-Segunda Guerra, escritor, pintor, poeta e um dos principais roteiristas e pensadores do cinema.
Em parceria com Vittorio De Sica (1902-1974), ele desenvolveria a revolucionária poética do movimento neo-realista no cinema, sintetizada em três dos maiores filmes de todos os tempos: "Sciuscià" (1946), "Ladrões de Bicicleta" (1948) e "Umberto D" (1952).
O documentário sobre Zavattini (1902-1989) segue em ordem cronológica. Mostra Luzzara, na Emília-Romana, onde ele nasceu, de família modesta. Fala de sua atividade de professor em Parma (anos 20). Trata do seu primeiro livro de ficção ("Parliamo Tanto da Me"), que o tornou subitamente conhecido na Itália e na Europa. Descreve sua atividade jornalística em Milão (anos 30). Aborda sua chegada a Roma (1939), o encontro com o cinema e a longa colaboração com De Sica (a partir de 1941).
Do fim da Segunda Guerra até o início dos anos 60, Zavattini seria uma das personalidades mais influentes da Itália. Sua colaboração no cinema se estendeu a vários outros diretores, como Blasetti, De Santis, Emmer, Risi e Visconti. Escreveu dezenas de livros.
Incansável, em 1981-82, já chegando aos 80 anos, decidiu dirigir seu primeiro filme: "La Veritàaaa" (A Verdadeee), ao qual Bellocchio se refere com grande reverência no documentário.
O Eurochanel faria uma importante contribuição cultural se conseguisse exibir no Brasil este filme difícil de ver e cujo ator principal, aliás, é o próprio Zavattini, este homem-oceano, como o descreve Benigni.


CESARE ZAVATTINI. Quando: hoje, às 15h; amanhã, às 9h; dia 21, às 14h; dia 27, às 16h; no Eurochannel.


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