São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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Crítica

"Redentor" opta por investir na magia dos efeitos

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Redentor" (Canal Brasil, 22h) foi talvez o primeiro filme brasileiro a usar computação gráfica de maneira intensiva. E sua utilização não era fútil: tinha relação fluente com a ação.
Pode-se alegar que o argumento não é muito realista, já que ali um jornalista, em princípio lesado na compra de um apartamento, recebe de Deus, a horas tantas, a missão de converter um empreiteiro corrupto, seu amigo de infância.
O filme esteve longe de fazer o sucesso esperado, e isso pode ter acontecido em parte porque nós mesmos forjamos o mito de que somos todos pessoas irretocáveis e de que todos os nossos males vêm de Brasília e daqueles a quem elegemos.
Mas a principal razão pode vir do fato de que, embora trabalhando com Pedro Cardoso e Miguel Falabella, o diretor Claudio Torres não investiu no humor, optando por uma narrativa crispada e investindo sobretudo (e corretamente, aliás) na magia dos efeitos. Talvez Cristos mais distantes sensibilizem mais os espectadores.


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