São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 2008

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Crítica

Crise é tão inadvertida quanto "Poltergeist"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Certos adágios desabam alegremente da boca de economistas e comentaristas de TV. Um dos mais célebres é "não há almoço grátis" e refere-se, em geral, às pretensões dos pobres.
Há momentos em que a frase volta-se contra seus autores, e o mundo nos faz ver magnatas com a marmita estendida atrás do almoço que o governo possa lhes proporcionar.
Outro exemplo, esse para ser usado com expressão compungida: "o drama da moradia". Esse é o drama que hoje estoura sobre nós. Se eu bem entendi (o que é improvável), o mundo começou a desabar quando os pobres passaram a especular com as hipotecas de suas casas.
É como comprar casa sobre cemitérios, providência inadvertidamente tomada pela família Freeling, de "Poltergeist, o Fenômeno" (TCM, 23h25; classificação indica- tiva não informada), mas que sem dúvida fica muito a dever à realidade.
No mesmo canal passa "O Incrível Homem que Encolheu" (22h; classificação indicativa não informada).


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