São Paulo, quinta-feira, 15 de outubro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"Gigolô Americano" fala sobre pecado e redenção

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Algumas imagens ficam: a imagem de Richard Gere recortada pela persiana, por exemplo. Ou as gavetas que ele abre, organizadíssimas, cheias de camisas na maior estica.
Existe uma espécie de assepsia na prostituição, em "Gigolô Americano" (TC Cult, 16h10, 14 anos). Tudo é "clean". Mas não é um mundo de pureza absoluta e sim do dinheiro absoluto. Do dinheiro feito valor.
Ele é que produz beleza neste filme de Paul Schrader (de 1979), onde a mulher de um senador se apaixona pelo gigolô.
Onze anos depois, em "Uma Linda Mulher", era ele o rico que se apaixonava por Julia Roberts, a prostituta. Mas o figurino era o mesmo. Os dois filmes marcam o fim do homem hippie e sua substituição pelo império da moda. Só que "Gigolô..." é também um belo filme sobre o pecado e a redenção. Já "Uma Linda Mulher" é um filme feito para faturar.


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