São Paulo, sábado, 15 de outubro de 2011

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Hilary Swank diz se arrepender de ter ido a show na Chechênia

Atriz compareceu neste mês a homenagem ao líder da república separatista russa, acusado de assassinar civis

Ela afirma que não sabia das acusações; aparição foi ao lado do ator Jean-Claude Van Damme e do cantor Seal

DE SÃO PAULO

A atriz Hilary Swank, ganhadora do Oscar por "Menina de Ouro" e "Meninos não Choram", reuniu-se à longa lista de celebridades com a imagem manchada por envolvimento com figuras controversas, de ditadores a magnatas corruptos.
No início do mês, ela compareceu a um show em homenagem ao aniversário de 35 anos do líder da Chechênia, Ramzam Kadyrov, acusado por entidades de direitos humanos de assassinar civis e esmagar a oposição.
Ao lado do ator Jean-Claude Van Damme e do cantor Seal, Swank teria recebido US$ 1 milhão pela aparição. Sob fogo cerrado, a atriz disse que estava "profundamente arrependida" e que não sabia das acusações.
O roteiro é semelhante ao de outras personalidades flagradas em companhias polêmicas. As cantoras Beyoncé, Nelly Furtado e Mariah Carey já pediram desculpas por shows privados para plateias ligadas ao clã do ex-ditador líbio Muammar Gaddafi.
São artistas que bebem na fonte da ex-modelo Naomi Campbell: ela chegou a depor em um tribunal internacional de crimes de guerra por receber "diamantes de sangue" do ex-presidente da Libéria Charles Taylor.
As pedras preciosas ganharam esse apelido porque eram vendidas no mercado negro para financiar grupos rebeldes em guerras civis africanas. No conflito na Libéria e em Serra Leoa, em que Taylor estava envolvido, ao menos 200 mil foram mortos.
Se gostasse de futebol, Hillary Swank talvez não tivesse caído na armadilha de animar a festa para o controverso Kadyrov.
Em março deste ano, ex-jogadores da seleção brasileira, como Raí, Romário, Bebeto e Dunga, já haviam participado de um jogo na Chechênia, a convite do atual líder, que entrou em campo.
A polêmica aqui foi muito menor do que a que agora engolfa a atriz, mas Raí já tinha se arrependido. "Foi uma imbecilidade", afirmou então.



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