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Didatismo e
síntese são
marcantes
da Reportagem Local
"Volpi", de Lorenzo Mammi, não começa quando o
artista nasceu, em 1896.
Também não termina quando ele morreu, em 1988.
O crítico prefere partir do
ano de 1949 para esclarecer,
em cerca de 40 páginas, a
importância daquele que ficou reduzido ao epíteto de
"pintor das bandeirinhas".
Naquele ano, Volpi decorou com outros artistas as
paredes de um hospital no
Jaçanã, em São Paulo. O fato
é usado para iniciar uma discussão sobre arte e artesanato, questão muito relevante
na produção do artista. Para
Volpi, arte era o que se fazia
na frente do cavalete.
A partir daí, Mammi faz
relações entre Volpi, artistas
brasileiros e movimentos internacionais, e aborda questões mais amplas, como o fato de a arte acadêmica ter sido sempre decorativa ou
oratória até o advento das
vanguardas, no início deste
século. O texto é marcado
por um didatismo quase
desconcertante. Afinal, como um assunto tão "obscuro" como a arte pode ser
também inteligível?
(CF)
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