São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2000

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GASTRONOMIA

FESTAS

Restaurantes e bufês vendem pratos semiprontos ou cozinham no cliente

Natal em domicílio é opção de ceia rápida e requintada

MARCELLA FRANCO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Neste Natal, não será preciso levar horas cozinhando o peru nem preparando a ceia. Em dez minutos, tudo estará pronto, quente e servido em uma mesa bem decorada. Isso porque diversos restaurantes e bufês da cidade oferecem uma atividade especial: cozinhar, embalar e oferecer ceias prontas aos seus clientes.
"Semi-aprontamos as comidas, e o único trabalho que as pessoas terão será reaquecer e colocar na mesa", explica a chef Ana Soares, que há cinco anos comanda as panelas do bufê Mesa III. No cardápio, no lugar das nobres e tradicionais carnes assadas -como o peru, a vitela ou o cabrito-, Ana oferece oito sugestões de massas, saladas e sobremesas.
"Quando as pessoas vêm me perguntar onde está o meu peru, costumo responder que ele está escondidinho, embalado em uma trouxinha de macarrão", diz a chef, referindo-se aos recheios escolhidos para seus raviólis, capelli e panzerotti. "Coloquei o peru, o bacalhau e a vitela dentro das minhas massas, criando uma opção sofisticada para os clientes."
Os preços das ceias encomendadas no Mesa III variam de R$ 29,50 -valor de um quilo de tortelli de peru, gruyère e avelãs regado ao molho de laranja- a R$ 75 -o terrine de cavaquinha com erva-doce e maçãs verdes.
Pelo mesmo caminho das massas segue o chef Roberto Ravioli, 47, responsável pela cozinha do Empório Ravioli. Preparado com alcachofra e ragu de lagosta, o ravióli fresco abre o cardápio das ceias semiprontas da casa. Para levar um quilo do prato, o cliente desembolsa R$ 50 e recebe os produtos embalados a vácuo e prontos para esquentar.
Além de seu carro-chefe, Ravioli também aposta nos pratos tradicionais do Natal, como a porchetta à romana (leitão desossado), oferecida a R$ 55 o quilo. "Entregamos ao cliente o principal. Assim, cada um pode optar por complementar sua ceia com um prato feito pela mamãe ou com aquela salada que a vovó trouxe de casa", explica o chef.
Para quem não quer ter nem o trabalho de esquentar e servir a ceia, uma opção são os bufês que levam todos os aparatos de uma cozinha semiprofissional para a casa do cliente e se responsabilizam pelos detalhes do jantar.
"Fazemos uma ceia como se fosse para nossa família", explica a chef Leila Pires, 39, que comanda a equipe do Panella Bonita. O bufê consegue atender até dez casas no esquema que Leila chama de "chef em casa".
Este ano, ela não vai fazer parte da equipe durante as ceias. "Vou pessoalmente dar início aos preparativos. Depois um dos chefs do bufê coordena a ceia durante toda a noite, além dos garçons que ficam à disposição dos clientes."
Para aqueles que ainda preferem optar apenas por levar os pratos prontos para casa, o Panella Bonita também tem um cardápio que oferece opções como a vitela recheada com frutas secas e o arroz de sete cereais com peru ao preço fechado de R$ 63.
Todos os restaurantes e bufês que prestam esse tipo de serviço dão as dicas para que a ceia fique tão gostosa como se tivesse sido preparada na hora. "Não há por que se preocupar se a carne vai ficar seca ou se o molho da massa vai empelotar", explica o chef Ravioli. "Basta seguir as instruções de aquecimento. Assim dá tempo de esperar pelo Papai Noel fora da cozinha."


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