"Eu e Meu Guarda-Chuva" tem a cidade de São Paulo como cenário de história baseada em livro e disco homônimos

Lucas Cotrim, 13, ator de novelas da Record, está no filme do estreante Toni Vanzolini, que deve estrear entre 2009 e 2010

FERNANDA EZABELLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No lugar de uma varinha mágica, um guarda-chuva sem poderes, mas muito útil. Em vez de uma escola de magia, o tradicional colégio Sion, no bairro paulistano de Higienópolis. Sai Lord Voldemort, entra em ação o Barão von Staffen.
Não, Harry Potter não se mudou para o Brasil do século 21. Trata-se da história de Eugênio, 11 anos, do filme "Eu e Meu Guarda-Chuva", que está sendo rodado em São Paulo e deve estrear no verão de 2009-2010.
Na aventura, o menino e seu amigo Cebola têm de resgatar a colega Frida, seqüestrada pelo barão-fantasma que assombra a escola. Entre sonho e realidade, a dupla percorre a cidade à noite, passando pelo metrô e pelo aeroporto, até chegar a uma cidade estrangeira.
O guarda-chuva ajuda na hora de escapar por uma corda da escola mal-assombrada e, noutra seqüência, para abrir a porta do metrô. O apetrecho pouco modernoso foi herdado de seu avô, já morto, e lhe dá forças para seguir na odisséia. No final, há até um duelo com o barão, interpretado pelo ator Daniel Dantas, na qual a sombrinha dá uma força.
Eugênio é interpretado por Lucas Cotrim, 13, ator de novelas da Record ("Amor e Intrigas", "Alta Estação") e com leve semelhança com Daniel Radcliffe, o Harry Potter dos filmes. "Já disseram, sim, que eu pareço", diz. "Mas eu não ligo. Se ele fosse feio..., aí sim."

Filme urbano e brasileiro
"Eu e Meu Guarda-Chuva" é inspirado no livro infantil de mesmo nome do titã Branco Mello e de Hugo Possolo, do grupo Parlapatões. O longa, no entanto, vem com adaptações. Não há os personagens-objetos do livro, como o relógio Claque-Claque e o abajur Jones.
No lugar, Eugênio ganha novo amigo, Cebola, papel do estreante Victor Froiman, 11. A garota, primeiro amor de Eugênio, é interpretada por Rafaela Victor, 12. Dos três atores, só Froiman leu o livro, após ser escolhido para o elenco. "Não tem muito a ver, não", diz, sem rodeios, sobre livro e filme.
Mas Possolo, o autor, leu o primeiro tratamento do roteiro e aprovou a adaptação. "É uma história sobre o descobrimento da amizade, do amor, isso que importa", disse à Folha.
A direção é de Toni Vanzolini, que faz sua estréia em longa, após anos trabalhando com direção de arte, videoclipes e comerciais. "Esbarra em algumas coincidências [com Potter], mas estamos fazendo um filme com identidade brasileira, urbano, que tem a cara de SP."


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